quinta-feira, 16 de novembro de 2017

O que as Bandeiras têm a nos dizer?!

    Fonte: http://www.geografiaopinativa.com.br/2017/07/estreita-relacao-entre-geografia-e-vexilologia.html

    A estreita relação entre Geografia e Vexilologia

    por Fernando Soares de Jesus · Published 6 de julho de 2017 · Updated 6 de julho de 2017

    A Geografia é, de maneira simples, a ciência do espaço. E, desde o ensino fundamental, a ciência geográfica se faz presente em nossos estudos..

    Porém, a palavra vexilologia, para muitos, pode parecer assustadora. A dificuldade para muitos vem logo na pronúncia da palavra. Sim, o correto é ve-xi-lo-lo-gia. Você tem que repetir a vocal “lo”. Afinal, seu nome deriva do latim vexilum, que significa bandeira, e –logia, que significa estudo.

    Passado o primeiro empecílio, continuamos a desvendar o que é esta ciência – ou, assim como a cartografia, esta arte-ciência.

    A resposta está entregue de bandeja: vexilologia é, como define o site Vexilologia Brasileira, “a ciência ou arte que estuda a simbologia e o grafismo das bandeiras, estandartes e pavilhões”.

    Dentre as concepções mais difundidas dentro do campo da vexilologia, temos a ideia de que as bandeiras nacionais – bem como as de escalas maiores – podem formar famílias. Estas famílias são caracterizadas por apresentarem internamente elementos gráficos em comum, estes que, por sua vez, fazem alusão a características históricas ou culturais que tais nações apresentam de forma compartilhada entre si.

    A “geografice” por trás da vexilologia aparece, por exemplo, quando analisamos a disposição das bandeiras nacionais no globo.

    Países próximos, que atravessaram desenvolvimentos históricos interligados, certamente terão estandartes similares, seja pelas formas, pela cor ou por qualquer outro elemento gráfico.

    Assim, observando a disposição das bandeiras, podemos identificar uma importante regionalização do espaço mundial, ao mesmo tempo que podemos inferir características históricas que talvez não fiquem explícitas a primeira vista.

    Vejamos alguns exemplos.

    O quadricolor pan-árabe

    Quadricolor pan-árabe

    O quadricolor pan-árabe remonta da Revolta Árabe, que ocorreu no contexto da Primeira Guerra Mundial.

    Diversos povos da região do Oriente Médio se lançaram em uma guerra contra o Império Otomano, apoiados pelo Império Britânico e pela França. Em troca, as potências europeias concederiam aporte para a criação de um estado árabe unificado na região, o que, no fim das contas, não ocorreu.

    A bandeira da Revolta Árabe acabou servindo de base para a formulação dos estandartes de muitos países na região.

    O tricolor pan-eslavo

    Tricolor pan-eslavo

    O tricolor pan-eslavo nasce do movimento identitário conhecido como “pan-eslavismo”, criado no século XIX e que objetivava a união de todos os povos eslavos da Europa.

    As cores adotadas eram, na época, as usadas pelo Império Russo.

    Pan-africanismo

    Família Pan-africana

    Dois tricolores são adotados pelos países africanos para representar sua identidade coletiva: o verde-amarelo-vermelho e o vermelho-preto-verde.

    O primeiro foi baseado nas cores da bandeira da Etiópia. O país, localizado no leste no continente, foi o único que não foi subjugado por alguma potência europeia durante o período do neocolonialismo, suscitando a admiração dos países que conquistaram sua independência após o período.

    O segundo tricolor foi definido pela Associação Universal para o Progresso Negro (AUPN) com o objetivo de representar a comunidade negra, inclusive a não-africana. Foi adotada oficialmente em 1920.

    Grã-Colômbia

    Família Grã-Colômbia

    As bandeiras atuais de Equador, Colômbia e Venezuela são baseadas na antiga bandeira da República da Colômbia, ou Grã-Colômbia.

    Este país durou de 1821 até 1831, surgindo no contexto do desmantelamento da América Espanhola. O atual Panamá também fazia parte deste país.

    Família República Centro-Americana

    Família República Centro-Americana

    Guatemala, Honduras, El Salvador e Nicarágua têm suas bandeiras inspiradas na antiga República Federal Centro-Americana, país formado por estas nações, em conjunto com a Costa Rica, após a queda do Império Mexicano, ainda na primeira metade do século XIX.

    Cruz nórdica

    Família Cruz Nórdica

    A primeira bandeira a apresentar uma cruz nórdica – uma cruz deitada, com o eixo maior indo de uma extremidade a outra da bandeira – foi a da Dinamarca, conhecida como Dannebrog. Isto ainda no século XIII.

    Este mesmo padrão acabou sendo adotado por outros países da região, como Islândia, Noruega, Suécia e Finlândia, com alterações de cor e, as vezes, inserindo uma linha em torno da cruz – como é o caso de Islândia, Noruega e também das Ilhas Faroe.

    Outras famílias que poderiam ser citadas são:

  • Cruzeiro do Sul: Constelação presente nas bandeiras de países austrais como Austrália, Nova Zelândia, Brasil e Papua Nova-Guiné;

  • Stars and stripes: Bandeiras inspiradas na dos Estados Unidos da América, primeira república das Américas. É o caso de Chile e Libéria;

  • Vermelho comunista: Cor presente em boa parte dos países que adotaram o socialismo durante algum momento de sua história. Geralmente associado a uma estrela amarela. É o caso da antiga URSS, da China e do Vietnã.

  • Sol de Mayo: Sol característico presente nas bandeiras de Uruguai e Argentina.

    sexta-feira, 3 de novembro de 2017

    Agricultura Alimentação e Pobreza

      1 de 20

      Agricultura, alimentação e pobreza

      Aula 1: Caracterização da produção agrícola brasileira

      Brasil: grande produtor agrícola ou grande produtor de alimentos?

      À esquerda, colheita manual de mandioca no Mato Grosso do Sul; à direita, colheita mecanizada de algodão no Mato Grosso.

      É verdade. Poucos países no mundo produzem e exportam tanta soja, café, cana-de-açúcar e laranja – culturas que, a propósito, ocupam grande parcela das melhores terras do espaço agrícola nacional.

      Porém, a produção alimentar, que abastece a população de feijão e mandioca, por exemplo, infelizmente vive uma realidade completamente diferente por aqui. A produção de alguns gêneros alimentícios não é suficiente nem sequer para atender à demanda interna, obrigando o país a recorrer a importações.

      Você entende por que ocorrem essas diferenças? Continue assistindo a esta aula e compreenda as características do espaço agrícola brasileiro.

      Vídeo 1: Diferenças no campo e agricultura familiar 

      https://drive.google.com/file/d/0B_iSlLKKfm0-MS1yejMyOTRZSnM/view?usp=sharing

       

      Origem: Geekie

      Questão 1

      Leia a tabela a seguir.

      PARTICIPAÇÃO NA PRODUÇÃO DE ALIMENTOS

      % da produção por tipo de propriedade, em 2006

      Disponível em: http://www.ibge.gov.br. Acesso em: 19 abr. 2012. Adaptado.

      A agricultura familiar é muito importante para a economia brasileira porque

      Origem: UFJF-MG

      image

      Vídeo 2: O agronegócio brasileiro

      Origem: Geekie

      Questão 1

      A importância do agronegócio na economia paulista e brasileira é uma realidade, pois, "ainda que tenha se industrializado, o Brasil tem sua presença comercial internacional associada à multiplicação de produtos com origem no rural, que respondem por 41,2% das vendas externas. E há ainda uma imensa possibilidade de agregação de valor ao produto. A ruptura histórica da presença brasileira no mercado mundial não está em deixar de ser exportador de café para ser um exportador industrial. O desafio é transformar-se de primário exportador de café em grão em agroexportador de café processado, agregando valor ao vender bens finais".

      Apta 2000-2003, Secretaria de Agricultura e Abastecimento, SP.

      Considerando as informações apresentadas pelo texto, o agronegócio pode ser relacionado

      Origem: Geekie

      image

      Você viu nesta aula


    • O espaço agrícola brasileiro caracteriza-se pelas desigualdades entre a agropecuária comercial, associada às cadeias do agronegócio e à produção para exportação, e a agropecuária familiar, vinculada à produção alimentar.

    • A produção comercial é mais moderna, utiliza mais insumos agrícolas e maquinários, enquanto a produção familiar ainda utiliza muita mão de obra e técnicas rudimentares de menor produtividade.

    • As cadeias do agronegócio são responsáveis por uma parcela significativa do PIB brasileiro e pela geração de empregos no país, envolvendo a produção agrícola, as indústrias de insumos e as agroindústrias.


      Aula 2: A questão agrária brasileira

      Falta terra para plantar

      Manifestação pela reforma agrária do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), em Brasília (DF).

      A histórica concentração fundiária representa um dos principais problemas do campo brasileiro. Estima-se que menos de 2% dos proprietários rurais são donos de quase metade do espaço agrícola nacional.

      Você entende quais são as causas e as consequências socioeconômicas desse problema?

      Os vídeos a seguir vão ajudá-lo a compreender melhor o assunto. Vamos a eles.

      Vídeo 1: Causas da questão fundiária brasileira

      Origem: Geekie

      Questão 1

      Os gráficos revelam

      Origem: Fuvest-SP

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      Vídeo 2: Consequências da questão fundiária

      Origem: Geekie

      Questão 1

      Com relação à modernização da agricultura, a partir do desenvolvimento do capitalismo que determinou uma nova ordenação territorial do campo brasileiro, é correto afirmar que

      Origem: Ibmec-RJ

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      Você viu nesta aula


    • As desigualdades no campo brasileiro estão associadas à grande concentração fundiária, ao processo de modernização conservador excludente do campesinato e às políticas agrícolas nacionais favorecedoras da agroexportação.

    • Dentre as consequências das desigualdades no campo brasileiro, destacam-se a marginalização de pequenos proprietários de terras e de trabalhadores rurais, a baixa produção agrícola alimentar e o aumento da violência no campo, causado pelas disputas por terras


      Aula 3: A produção agrícola dos países subdesenvolvidos

      Um mundo faminto

      Crianças somalis na fila de espera por ajuda humanitária.

      O ano 2008 representa um marco para a humanidade, pois pela primeira vez na história a população urbana mundial superou a população rural. Atualmente, estima-se que 54% dos habitantes do mundo vivem em cidades, enquanto 46% vivem no campo, concentrados especialmente nos países subdesenvolvidos da África e da Ásia.

      Você sabe explicar por que, mesmo concentrando a maior parcela da população rural mundial, os continentes africano e asiático são os mais afetados pela fome?

      Assista aos dois vídeos na sequência e entenda.

      Vídeo 1: O espaço agrícola dos países subdesenvolvidos

      Questão 1

      A singularidade da questão da terra na África Colonial é a expropriação por parte do colonizador e as desigualdades raciais no acesso à terra. Após a independência, as populações de colonos brancos tenderam a diminuir, apesar de a proporção de terra em posse da minoria branca não ter diminuído proporcionalmente.

      MOYO, S. A terra africana e as questões agrárias: o caso das lutas pela terra no Zimbábue. In: FERNANDES, B. M.; MARQUES, M. I. M.; SUZUKI, J. C. (Org.). Geografia agrária: teoria e poder. São Paulo: Expressão Popular, 2007.

      Com base no texto, uma característica socioespacial e um consequente desdobramento que marcou o processo de ocupação do espaço rural na África subsaariana foram

      Origem: Enem

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      Vídeo 2: A questão da fome mundial

      Origem: Geekie

      Questão 1

      Pela primeira vez na história da humanidade, mais de um bilhão de pessoas, concretamente 1,02 bilhão, sofrerão de subnutrição em todo o mundo. O aumento da insegurança alimentar que aconteceu em 2009 mostra a urgência de encarar as causas profundas da fome com rapidez e eficácia.

      Relatório da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação [FAO], primeiro semestre de 2009.

      Tendo em vista as questões levantadas pelo texto, é correto afirmar que

      Origem: Fuvest-SP

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