segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Diferenças entre Hamas e Hezbollah

 

Os conflitos no Oriente Médio podem ser extremamente confusos, pois todos eles parecem tentar resolver o mesmo problema, embora tenham começado por razões diferentes. O outro problema para compreender estas situações são os grupos envolvidos e a sua classificação por outros países, como facções políticas ou grupos terroristas. Um bom exemplo disso é o Hamas e o Hezbollah, que lutam por coisas parecidas, mas têm pouco em comum.

Identificação

O Hamas, que significa Movimento de Resistência Islâmica, foi fundado em 1987 pelo xeque Ahmed Yassin e Mahmoud Zahar. O Hamas é um movimento político palestino visto como grupo terrorista por vários países, devido às ações de sua ala militante Izz ad-Din al-Qassam. O Hezbollah, que significa Partido de Deus, ganhou destaque em 1983, depois que Israel invadiu o Líbano. O Hezbollah também tem um grupo paramilitar que o faz ser visto por muitos países como um movimento terrorista.

Posições religiosas

Embora ambos os grupos se oponham à presença judaica em Israel, eles são apoiados por ideologias islâmicas opostas. O Hamas é composto por muçulmanos sunitas, enquanto que o Hezbollah é composto por muçulmanos xiitas. Esta não foi uma divisão proposital, a Palestina é predominantemente sunita e os xiitas são maioria no Líbano.

Convicções políticas

Embora tanto o Hamas quanto o Hezbollah sejam movimentos políticos, eles só têm um objetivo: a retirada de Israel. A principal razão para isto é que os dois grupos foram formados quando seus respectivos países foram invadidos por Israel em 1980.

Posição internacional

A comunidade internacional tem opiniões divergentes quanto ao Hamas e o Hezbollah. Os Estados Unidos, Canadá e vários outros países classificam os dois grupos como organizações terroristas, em vez de partidos políticos. Há outros países, especialmente no mundo árabe, que apoiam ambos os grupos.

Diferenças entre Estado Islamico e Al-Qaeda

16/01/2015 05h00 - Atualizado em 16/01/2015 05h00

À esquerda, Bakr Al-Baghdadi, denominado califa do Iraque, líder do Estado Islâmico. À direita, o fundador da Al-Qaeda, Osama bin Laden, já morto (Foto: AFP e Reuters)À esquerda, Bakr Al-Baghdadi, denominado califa do Iraque, líder do Estado Islâmico. À direita, o fundador da Al-Qaeda, Osama bin Laden, já morto (Foto: AFP e Reuters)

A rede terrorista Al-Qaeda e sua dissidência no Iraque e na Síria, o Estado Islâmico, voltaram ao centro das atenções da comunidade internacional com o ataque ao jornal "Charlie Hebdo" em Paris.

Um braço da Al-Qaeda no Iêmen reivindicou o ataque, enquanto o homem que invadiu uma loja de produtos judaicos na sequência dos acontecimentos, Amedy Coulibaly, aparece em um vídeo dizendo ser do Estado Islâmico.

Embora o Estado Islâmico tenha surgido como um braço da Al-Qaeda e vise objetivos bastante parecidos com o da organização criada por Osama bin Laden, os dois grupos passaram de aliados a rivais em 2014. No centro da crise estão principalmente a Síria e a ambição de Abu Bakr al-Baghdadi, o “califa” do EI. Qual é exatamente a ligação dos fatos ocorridos na França com essas duas organizações ainda não está totalmente esclarecido.

Veja a seguir alguns pontos sobre cada um dos grupos extremistas e suas principais diferenças e semelhanças:

Al-Qaeda

Estado Islâmico

ORIGEM

O saudita Osama Bin Laden teria criado a Al-Qaeda ainda no final dos anos 80. Segundo Jason Burke, autor do livro “Al-Qaeda – a verdadeira história do radicalismo islâmico”, Bin Laden foi o líder de um grupo militante surgido em Peshawar, na parte ocidental do Paquistão, em agosto de 1988. No ano seguinte, ele voltou à Arábia Saudita e em 1990 ofereceu um exército de militantes islâmicos para ajudar a defender o Iraque, que havia acabado de invadir o Kuwait, mas teve sua proposta recusada por Saddam Hussein. Ele então ficou no Sudão entre 1991 e 1996, quando se fixou no Afeganistão. Foi nesse período que a Al-Qaeda se transformou em uma organização como é conhecida hoje, com diversas ramificações e uma complexa linha de hierarquia em diversos países.

O Estado Islâmico atual surgiu a partir do Estado Islâmico do Iraque e Levante, o braço iraquiano da Al-Qaeda dirigido por Abu Bakr al-Baghdadi. Em abril de 2013, Baghdadi anunciou que o Estado Islâmico do Iraque e a Frente Al-Nosra, um grupo jihadista presente na Síria, se fundiriam para se converter no Estado Islâmico do Iraque e Levante. Mas a Al-Nosra negou-se a aderir a este movimento e os dois grupos começaram a agir separadamente até o início, em janeiro de 2014, de uma guerra entre eles. O EI contesta abertamente a autoridade do chefe da Al-Qaeda, Ayman al-Zawahiri, e rejeitou seu pedido de que se concentre no Iraque e deixe a Síria para a Al-Nosra.

LIDERANÇA

Após a morte de Bin Laden, em 2011, a Al-Qaeda se distanciou do Paquistão e do Afeganistão e passou a concentrar sua atuação no mundo árabe. Um dos primeiros integrantes do grupo, o cirurgião Ayman al-Zawahiri foi nomeado sucessor de Bin Laden. Em 2006, os EUA chegaram a acreditar que ele estava morto, mas sua aparição mais recente foi em um vídeo de setembro de 2014. Entre os outros principais nomes da organização estão Nasser Abdul Karim al-Wuhayshi, líder da Al-Qaeda na Península Árabe (AQAP, na sigla em inglês), que foi formada em 2009 a partir da união das ramificações da rede no Iêmen e na Arábia Saudita, e Abou Mossab Abdelwadoud, líder da Al-Qaeda no Magrebe Islâmico (AQMI).

Abu Bakr al-Baghdadi é o autoproclamado califa do Estado Islâmico. Nomeado líder do Estado Islâmico do Iraque em 2010, quando este ainda era um braço da Al-Qaeda, foi ele quem rompeu com a organização de Bin Laden, após ampliar sua atuação em território sírio. Em junho de 2014 al-Baghdadi anunciou o estabelecimento de um “califado mundial”, ocupando trechos de territórios na Síria e no Iraque. Após boatos de que teria morrido, em novembro ele divulgou uma gravação de áudio, na qual diz que o Estado Islâmico nunca cessará sua luta e que o califado islâmico irá se estender e ocupar também a Arábia Saudita, Iêmen, Argélia, Egito e Líbia.

COMO GANHOU NOTORIEDADE

O primeiro atentado oficialmente atribuído à Al-Qaeda aconteceu em 29 de dezembro de 1992, quando bombas explodiram em dois hotéis em Aden, no Iêmen, onde soldados americanos estariam hospedados. Mas, embora já tivesse envolvimento com atentados anteriores, a Al-Qaeda se tornou mundialmente reconhecida em 11 de setembro de 2001, quando 19 de seus integrantes tomaram quatro aviões comerciais e os jogaram sobre as torres gêmeas do World Trade Center, em Nova York, e atingiram ainda o Pentágono.

 

No caso do Estado Islâmico, a proclamação do califado chamou atenção para o grupo em junho de 2014, mas foi em agosto que a brutalidade de suas execuções gerou manchetes no mundo todo. A divulgação de vídeos e fotos com a decapitação de reféns teve início naquele mês, com o registro da morte do jornalista norte-americano James Foley. Na sequência vieram o sargento Ali al-Sayed e o soldado Abbas Medelj (ambos libaneses), o também jornalista americano Steven Sotloff, os voluntários humanitários britânicos David Haines e Alan Henning, o francês Hervé Gourdel e o americano Peter Kassig. Além deles, centenas de iraquianos e sírios foram decapitados ou fuzilados publicamente pelo EI, além de alguns de seus próprios integrantes, considerados “traidores”.

 

OBJETIVOS

Em 1998, Osama bin Laden divulgou um “fatwa”, espécie de decreto religioso, no qual dizia ser dever de muçulmanos em todo o mundo declarar uma guerra santa aos Estados Unidos e todos os seus cidadãos e a Israel. Aqueles que não atendessem à convocação seriam considerados apóstatas, ou pessoas que abandonaram sua fé. Bin Laden também dizia querer unificar todos os muçulmanos para criar uma grande nação islâmica. Ele condenava ainda toda e qualquer influência ocidental em nações islâmicas, especialmente na Arábia Saudita, e por isso planejava destituir todos os governos “ocidentalizados” do Oriente Médio.

O Estado Islâmico também combate a cultura ocidental e sua influência nos países do Oriente Médio, mas tem um plano ainda mais definido de estabelecer um grande califado islâmico, sob o comando do líder que acredita ser um sucessor de Maomé - Abu Bakr al-Baghdadi. As fronteiras desse califado seriam as mesmas do início do Islã, ignorando inclusive todas as divisões territoriais estabelecidas internacionalmente desde a I Guerra Mundial. A questão foi mencionada na declaração feita em junho de 2014: “A legalidade de todos os emirados, grupos, estados e organizações se torna nula pela expansão da autoridade do califado e a chegada das tropas dele às suas regiões”.

ÁREA DE ATUAÇÂO

Ainda em 2012 já haviam sido descobertas células atuantes da Al-Qaeda em países como EUA, Itália, França, Espanha, Alemanha, Reino Unido, Iêmen, Arábia Saudita e Uganda, entre outros. Conexões com grupos terroristas espalhados pelo mundo também dificultam precisar onde a organização estaria representada e em quais atentados exatamente ela teve envolvimento direto.

Já o Estado Islâmico concentra sua atuação no Iraque e na Síria, embora existam crescentes ameaças a países vizinhos, especialmente o Líbano, a Turquia e a Arábia Saudita.

ATAQUES

Entre os diversos ataques atribuídos à Al-Qaeda na última década, estão o que matou 191 pessoas no metrô de Madri, em março de 2004, o que atingiu o sistema de transporte público de Londres (ônibus e metrôs) em julho de 2005 e o atentado suicida que matou a ex-primeira-ministra paquistanesa Benazir Buttho, em 2007. O ataque mais recente atribuído à organização era o de Amenas, na Argélia, onde ao menos 39 reféns estrangeiros morreram na tomada de uma refinaria, em janeiro de 2013. Na quarta (14), porém, a Al-Qaeda na Península Árabe assumiu o atentado à redação do jornal “Charlie Hebdo”, em Paris, no dia 7 de janeiro deste ano. No mesmo dia do ataque francês, o mesmo grupo também explodiu um carro-bomba em uma academia de polícia em Sana, no Iêmen, matando mais de 30 pessoas.

As ações do Estado Islâmico consistem principalmente na tomada de cidades nos dois países onde o grupo atua, com a morte de opositores e supostos traidores por fuzilamento ou decapitação, em geral promovidos publicamente ou registrados em vídeos e fotos, divulgados posteriormente na internet. Nenhum ataque do grupo foi registrado fora da Síria e do Iraque até o momento, embora simpatizantes do grupo já tenham sido apontados como autores de ataques na Austrália e no Canadá, sem que nenhuma ligação tenha sido comprovada.

EFETIVOS

Especialistas afirmam ser praticamente impossível determinar o número de associados à Al-Qaeda, especialmente por sua descentralização e pelas associações com diversos outros grupos extremistas.

No Estado Islâmico, porém, a CIA estima que existam entre 20 mil e 31 mil combatentes ativos, segundo uma avaliação feita em setembro de 2014. No grupo é ainda mais perceptível e preocupante a grande adesão de ocidentais, especialmente europeus. Dinamarca, Suécia, França e o Reino Unido, além da Austrália, estão entre os países com maior número de cidadãos que teriam aderido ao jihadismo, muitos deles se unindo aos combates e sendo treinados principalmente na Síria. O grande temor dos governos é a possibilidade de ataques promovidos por essas pessoas em seu retorno aos países de origem.

11 de Setembro foi uma Farça????

fonte: http://portalmetropole.com/2015/02/11-de-setembro-foi-farsa-revelam.html

11 de setembro foi farsa, revelam cientistas

Fevereiro 17, 2015 Redação Ciência, EUA, Politica Sem comentários ainda, seja o primeiro

Cientistas dinamarqueses deixam questões para se refletir, fatos descobertos pelos pesquisadores revelam que o atentado do 11 de setembro foi uma grande farsa: “A ganância do ser humano não tem limites.”

Por redação

Muito já se falou sobre o suposto ataque terrorista às Torres Gêmeas do World Trade Center, no 11 de Setembro. Surgiram teorias, surgiram especialistas, surgiram muitas questões… Mas quando um investigador cientista encontra explosivos Nano Thermite em destroços do World Trade Center cai por terra a ideia de um ataque terrorista ou, pelo menos, a versão oficial começa a feder e muito.
“A ganância do ser humano não tem limites.”
Uma equipe de oito pesquisadores liderados pelo professor Niels Harrit da Universidade de Copenhaguem (Dinamarca), comprovaram a existência de explosivos altamente tecnológicos em amostra dos escombros das torres gêmeas e do prédio 7.
Essa pesquisa vem confirmar um trabalho semelhante previamente executado pelo professor Steven Jones nos Estados Unidos. Outras matérias que vêm de encontro a esse achado são as da equipa de Arquitectos para o 9/11.
Com esse achado explica-se a queda livre dos prédios num processo de demolição implosiva controlada. Os aviões não poderiam derrubar as torres gémeas devido a temperatura do combustível não ser suficiente para derreter aço. O impacto também não pode ter afectado a estrutura no nível afirmado pelo governo americano, uma vez que o prédio foi desenhado para suportar aviões daquele tamanho. Ferro derretido na base dos prédios ficou vivo por várias semanas.
E por três meses fotos infravermelhas de satélites mostraram bolsões de alto calor nas três torres. Larry Silverstein comprou o leasing do WTC entre 2000 e 2001, dois meses antes do “ataque” ele segurou os prédios em dois bilhões de dólares contra ataque terrorista, algo como todos sabemos um tanto incomum. O ataque 9/11 serviu para:

1. Criar ódio contra os árabes e fomentar as guerras americanas na saga pelo petróleo e a hegemonia Israelense no Médio Oriente.

2. Desaparecer com 1,5 trilhões de dólares a fundo perdido das contas do Pentágono (Rumsfeld declarou um dia antes).

3. Documentos provas contra a Enron que desapareceram na queda do predio 7.

4. Auto-pagar os empreiteiros, talvez via Larry Silverstein e a fortuna que ele arrecadou de seguro. Existem evidências que agentes do Mossad (serviço israelense) foram capturados no dia carregando explosivos. Todos foram libertados pelo FBI. (esta informação precisa ser confirmada).

Invasão Soviética no Afeganistão

 

Ocupação Soviética do Afeganistão

Uma paisagem do Afeganistão

Em 1979, a então URSS invadiu o Afeganistão com o intuito de auxiliar na implantação do socialismo, pois em 1978, os comunistas tomaram o poder no Afeganistão, os EUA temendo a expansão soviética tomaram algumas iniciativas, por exemplo, financiaram o Paquistão onde estavam presentes as bases de ataque. O Afeganistão contava com a colaboração do combatente Osama Bin Laden.

Com ajuda dos EUA, os Russos se retiraram momentaneamente, e se instalou uma guerra civil. O Taleban recebeu dinheiro americano.
O território do Afeganistão tornou-se ponto de disseminação do extremismo islâmico, com isso a Rússia e a China temiam que o extremismo e o fundamentalismo islâmico chegassem aos seus territórios.

Durante a ocupação, cerca de 5 milhões de pessoas abandonaram o país, 3 milhões se fixaram no Paquistão.
Depois de anos de intervenção americana e lutas armadas, em 1989, as tropas soviéticas estavam esgotadas e se retiraram do Afeganistão, provocando alvoroço islâmico pela vitória, isso significou a ascensão islâmica na Ásia central.

Invasão do Afeganistão II - EUA

 

Fonte: http://www.infoescola.com/historia/invasao-do-afeganistao-pelos-estados-unidos/

Logo depois da retirada das tropas soviéticas do território afegão, em 1989, e da derrubada do regime comunista, os diálogos entre as várias facções para formar uma junta de coalizão fracassam e, aproveitando o vácuo de poder, o Taliban – ‘estudantes’, no dialeto farsi, milícia sunita da etnia dos pashtuns, maioria no país – assume o governo. Está então instaurado o fundamentalismo islâmico no Afeganistão, em 1996. Seus integrantes mais poderosos eram meros ulema, estudantes e universitários, inclusive seu líder, Mohammed Omar. Mais de um milhão de pessoas morrem neste combate fratricida, e milhões estão exilados em países próximos. Esta guerra civil já dura mais de duas décadas. O mais irônico desta situação é estes guerrilheiros, conhecidos como mujahidin, terem sido incentivados, treinados e equipados pelos Estados Unidos, Paquistão, Arábia Saudita e China na guerra contra os soviéticos. Logo depois os norte-americanos se voltam contra seus antigos aliados.

O país também tem sofrido com as vicissitudes econômicas, que provocaram um crescente empobrecimento da população, estimulado ainda mais por escassos suprimentos naturais e pela seca que durante cerca de dois anos atingiu esta região, disseminando a fome e a miséria. A situação piorou ainda mais depois que as tentativas de alcançar a paz e a unificação do poder - através da união entre a Frente Islâmica Unida de Salvação do Afeganistão (Fiusa), grupo composto de várias etnias e tribos da oposição, e o Taliban -, promovidas pela Arábia Saudita, falharam. Neste contexto, o governo revolucionário foi duramente acusado pelos países vizinhos de incitar rebeldes e separatistas contra o poder oficial. Os EUA, responsáveis pelo poder adquirido por esta facção, passaram a pressionar os Taliban para que expatriassem Osama Bin Laden, o saudita terrorista, líder da Al Qaeda, na verdade antigo convidado dos aliados afegãos da potência norte-americana. O Afeganistão se viu isolado no Oriente Médio, e países como o Paquistão - que também apoiou os rebeldes contra a União Soviética -, encontram-se neste momento em uma situação delicada, pois indiretamente são também responsáveis pela ascensão do Taliban.

É neste contexto que, no dia 11 de setembro de 2001, os Estados Unidos sofrem um atentado que entra tragicamente para a História. As Torres Gêmeas do World Trade Center, em Nova Iorque, são atingidas por dois aviões e totalmente destruídas. Uma terceira nave colide com o Pentágono, em Virgínia. O quarto avião caiu no Sul da Pensilvânia, após um conflito entre alguns passageiros e os terroristas, e tinha provavelmente como alvo a Casa Branca. Esta foi a maior ação dos inimigos contra os norte-americanos em seu próprio território. Os adversários seqüestraram quatro aviões, dois da American Airlines e os outros da United Airlines, as maiores empresas aéreas da América, e os utilizaram como armas contra os Estados Unidos. Aproximadamente três mil pessoas morreram neste ataque, o que gerou entre os americanos um terrível trauma, aliado a uma raiva ainda maior. Osama Bin Laden e seu grupo terrorista assumiram as responsabilidades pelo atentado. E então o Afeganistão, acusado de apoiar o saudita, tornou-se o alvo número um das tropas norte-americanas. Assim tem início a chamada Guerra ao Terror, instaurada pelo Presidente George Bush.

O Congresso implanta várias leis para proteger o país e aprova a decisão do Presidente de invadir o Afeganistão, como uma represália ao atentado cometido em território americano. Assim, no dia 07 de outubro de 2001, tropas norte-americanas, apoiadas pela Aliança do Norte, revoltosos afegãos que apoiaram os EUA contra os terroristas da Al Qaeda e os Taliban, invadiram este país, aliadas também a forças internacionais do Reino Unido, do Canadá e da Austrália. A investida contra o governo foi vitoriosa, pois lograram expulsar os Taliban do poder. Mas lutas incessantes prosseguem entre a coalizão que substituiu o antigo governo e facções rivais. Durante os combates, os norte-americanos conseguiram atingir alvos estratégicos, obtendo êxito ao prender supostos terroristas no Afeganistão, que foram presos na base militar de Guantánamo, em Cuba. Bush não lhes concedeu os direitos de prisioneiros de guerra, pois ele os considerou soldados ilegítimos. Conseqüentemente, estes rebeldes não tiveram direitos básicos resguardados, e fala-se hoje de abusos e torturas inomináveis que teriam ocorrido neste local.

O Presidente George W. Bush, que em junho de 2003, segundo a BBC, alegou seguir os desígnios divinos ao invadir o Afeganistão e, logo depois, o Iraque, caracterizando assim um certo fundamentalismo cristão, não teve poderes extraordinários para devolver ao Afeganistão a paz tão desejada, perdida desde a invasão da União Soviética. Grupos dissidentes continuam a combater entre si e, nas províncias, os Taliban continuam a subjugar e a causar terror na população local. Por outro lado, os norte-americanos se consideram vitoriosos, mais do que no Iraque, pois no Afeganistão julgam ter desestruturado boa parte da organização terrorista Al Qaeda.

Arquivado em: História, História do Oriente Médio

Guerra do Golfo II

Fonte:http://www.coladaweb.com/historia/guerras/segunda-guerra-do-golfo

 

Segunda Guerra do Golfo

2ª Guerra do Golfo (2003)

O início da Operação Liberdade Iraquiana, nome oficial da segunda guerra que os EUA travam contra o Iraque, ocorreu no dia 20 de março de 2003.

Os países muçulmanos na Ásia, como Indonésia, Malásia e Paquistão, qualificam os esforços dos EUA para depor Saddam Hussein de “guerra contra o Islã”.

Os EUA foram à guerra com o apoio do Reino Unido, mas sem o endosso da ONU e sob protestos mundiais.

O objetivo é depor Saddam, cujo regime foi poupado na 1ª Guerra do Golfo (1991) e instalar um novo governo no Iraque.

Em 22 de março de 2003, a Turquia enviou tropas para o norte do Iraque, ingressando na região curda. O governo turco alegou que o objetivo é conter um fluxo de refugiados para seu território e prevenir o que chamou de “atividade terrorista” — a ação de rebeldes curdos. Na verdade, o país quer evitar que um levante dos curdos iraquianos leve à criação do Curdistão, o que poderia influenciar a população dessa etnia que vive no sudeste da Turquia. O ingresso de mais forças turcas pode desestabilizar a região, pois os líderes da minoria curda iraquiana ameaçaram reagir se isso ocorresse.

Os curdos constituem uma minoria étnica que se opõe ao regime ditatorial do Iraque.

A Turquia não permitiu que os EUA utilizassem o seu território como plataforma para a invasão do Iraque. O parlamento turco liberou o espaço aéreo do país para a passagem de aviões aliados rumo ao Iraque e, também, a passagem por seu território de suprimentos para soldados no Iraque.

Nesta guerra condena-se a falta de respeito à Convenção de Genebra.

A Convenção de Genebra, da qual os Estados Unidos fazem parte, foi assinada em 1949 e passou a vigorar no ano seguinte. Nos últimos 50 anos, ela foi reformulada várias vezes.

O documento regula o tratamento que deve ser dado aos “prisioneiros de guerra”. A Cruz Vermelha Internacional é a organização que verifica se as regras da convenção estão sendo cumpridas por países que prendem combatentes durante um conflito.

O prisioneiro de guerra não é considerado um criminoso, mas um soldado inimigo capturado em combate.

Veja mais:

Guerra do Golfo I

Fonte: http://guerras.brasilescola.com/seculo-xx/guerra-golfo.htm

Guerra do Golfo

A Guerra pelo petroleo

Foi um conflito que teve início em agosto de 1990, entre o Iraque e o Kuwait na região do Golfo Pérsico. Mas que também envolveu os Estados Unidos e alguns países do Oriente Médio.
O objetivo do Iraque era de anexar seu vizinho Kuwait ao seu território como uma província, de forma a controlar o petróleo kuwaitiano. Com isso em 1990, começaram os ataques da imprensa de Bagdá contra o pequeno país.

Aparentemente era mais uma das diversas tensões do Oriente Médio. Em 1991, se dá a invasão iraquiana de 100 mil soldados no Kuwait. Boa parte da família real kuwaitiana conseguiu fugir. Somente a força aérea do Kuwait demonstrou alguma resistência durante a ocupação.
A força do corpo de elite iraquiana era tão grande que nem se pode dizer que foi uma guerra, mas sim uma manobra militar. Com isso o Kuwait foi anexado ao Iraque como a 19ª província do país. Veio da ONU a primeira reação concreta, um embargo econômico contra o Iraque. O que significava que os países não podiam comprar do Iraque nem vender para ele.
No entanto, poucos tinham esperança de que o embargo seria o suficiente para retirar as tropas iraquianas. Então a ONU estabeleceu um prazo de até 15 de janeiro de 1991 para a retirada das tropas que ocupavam o Kuwait. Mas, antes disso, os Estados Unidos já preparavam um contra-ataque. Até o fim do prazo estabelecido, as tropas da ONU começavam a chegar aos países vizinhos como Turquia e Arábia Saudita.
Enquanto isso, o Iraque tentava tornar a invasão do Kuwait uma guerra contra o Ocidente e contra Israel. Saddan Hussein cometeu dois erros básicos; ele não esperava a reação do Ocidente diante da invasão e contava com um maciço apoio árabe na guerra.

O ditador não levou em consideração que o mundo vivia uma situação Pós-guerra Fria, ou seja, os Estados Unidos estavam livres para agir na área sem a pressão soviética, envolvida na crise. Um dia após o término do prazo legal dado pela ONU, iniciava-se o bombardeio ao Iraque.
Na tentativa de envolver outros países árabes, os iraquianos atacaram Israel com mísseis scund, de fabricação soviética. Tendo em vista a idéia de que se Israel respondesse ao ataque, provavelmente os outros países árabes iriam apoiar o Iraque e se retirariam da aliança anti-Iraque. No entanto, a diplomacia e o dinheiro norte-americano foram fundamentais. Pois com isso os EUA conseguiram convencer Israel de não contra-atacar e premiaram-no com baterias antimísseis patriot.
Outro recurso iraquiano, denominado de ecoterror, foi o despejo de petróleo no golfo Pérsico e, quase ao final da guerra, incêndio das instalações petrolíferas do Kuwait. Cerca de um mês após o início da guerra, o Iraque, submetido a pesados bombardeios e a um avanço rápido das tropas terrestres da aliança, anunciava a devolução do Kuwait pela rádio de Bagdá, em 28 de fevereiro de 1991.

Com essa atitude, o Iraque conseguiu perder a guerra sem perder território ou sequer tirar Saddan Hussein do poder. A rápida derrota do Iraque surpreendeu o mundo, que esperava uma resistência muito maior e o uso de todo o arsenal de Saddan. Dessa guerra saíram diversos vencedores, entre eles os Estados Unidos assumindo seu papel de única potência mundial, o Egito por ter apoiado os EUA ganhou prestígio e força. Em compensação o Iraque, além de ter perdido a guerra, ainda saiu enfraquecido, perdendo o seu prestígio.

Guerra Irã-Iraque

Guerra Irã-Iraque

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É historicamente conhecido como Guerra Irã-Iraque o conflito que por cerca de 8 anos, mais precisamente de 1980 a 1988, envolveu as duas nações do Oriente Médio, e terminou com a vitória do Iraque.

Irã e Iraque possuem diferenças históricas. Apesar de ambos seguirem a religião muçulmana, a corrente majoritária no Iraque e na maioria dos países árabes é a sunita, enquanto que no Irã predomina o xiismo, ambos diferindo basicamente em relação à questão da linha sucessória do profeta Maomé. Além disso, o Iraque é um país de língua árabe, e o Irã possui a sua própria língua, o persa. Os regimes políticos também são bastante distintos: enquanto o Iraque mantém até hoje um governo de inspiração ocidental e secular, o Irã é um regime controlado por líderes religiosos, os aiatolás, altos dignitários do segmento xiita do islã.

O conflito inicia-se a 17 de setembro de 1980, quando Saddam Hussein utiliza uma antiga disputa de fronteiras com o pretexto de invadir o país vizinho. Seu objetivo era enfraquecer o movimento fundamentalista que varria o Irã, pois temia-se que a recém-proclamada revolução, que derrubou o governo pró-ocidente do Xá Reza Pahlevi viesse a contaminar o regime instalado no Iraque, também pró-ocidente.

Inicialmente, o conflito pendeu para o lado iraniano, reforçado com as armas vendidas pelos Estados Unidos naquilo que ficou conhecido como o escândalo Irã-Contras. Logo, porém, a superioridade e a experiência das forças iraquianas pesou para o lado destes, pois muitos dos oficiais iranianos com prática acabaram perseguidos pelo novo regime dos aiatolás.

Apesar da ajuda clandestina dos americanos, os países que apoiavam formalmente o esforço de guerra iraniano eram a Líbia e Síria, enquanto que o Iraque tinha o respaldo oficial de países como Arábia Saudita e Estados Unidos.

O conflito terminaria a 20 de agosto de 1988, resultando em um considerável enfraquecimento do regime iraniano, que apesar disso, conseguiu manter intacta sua revolução. Aparentemente, Saddam Hussein obteve o que queria, ou seja, inibir a influência iraniana na região, além de obter um predomínio militar, acumulando grande número de tanques, artilharia, aviões de combate e militares altamente treinados.

Realmente, tudo parece apontar para esse cenário, porque, um ano após terminado o conflito, o Iraque pareceu querer "experimentar" seu poderio militar adquirido, aplicando-o ao pequeno vizinho mais ao sul, o Kuwait. Enfim, o Iraque saiu com maiores vantagens político-militares do conflito, mas não houve uma vitória decisiva, que aniquilasse o inimigo.

Estima-se que deste conflito resultaram 1 milhão de mortos, 1 milhão e meio de feridos de ambos os lados, e tudo isso a um custo total de 150 bilhões de dólares.

Bibliografia:
Guerra Irã-Iraque. Disponível em: http://www.militarypower.com.br/frame4-warIraIraque.htm . Acesso em: 18 ago. 2011.
Ilustração: http://users.rcn.com/mwhite28/iraniraq.htm

Arquivado em: História do Oriente Médio

Hamas x Autoridade Nacional Palestina

 

Fonte: http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/efe/2015/08/12/disputas-entre-hamas-e-anp-deixam-gaza-sem-eletricidade-durante-onda-de-calor.htm

Disputas entre Hamas e ANP deixam Gaza sem eletricidade durante onda de calor

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EFE Saud Abu Ramadán
Em Gaza (Palestina)

 

A população de Gaza tenta escapar da sufocante onda de calor que atinge a região entrando no mar ou saindo de suas casas durante a noite em busca de uma pequena brisa, já que, além das altas temperaturas, os cidadãos ainda enfrentam uma grave crise elétrica, com falta de luz de até 20 horas por dia.

"Quase não temos quatro horas de eletricidade por dia, e durante a onda de calor, estivemos até 18 horas sem luz", lamenta Sari Abu Ghalyun, de 25 anos, morador de Gaza.

Como muitos outros, Ghalyun culpa as disputas entre o movimento islamita Hamas, que governa na faixa de Gaza, e o nacionalista Fatah, que controla a ANP (Autoridade Nacional Palestina) e governa na Cisjordânia, além de ser liderado pelo presidente palestino, Mahmoud Abbas.

"Por culpa de suas brigas, o povo de Gaza está pagando um preço muito alto, e o sofrimento cresce", diz.

Segundo a Corporação de Energia de Gaza (CEG), a faixa necessita de 320 megawatts de eletricidade por dia, mas a única central elétrica produz somente 65 megawatts, aos quais se somam 120 megawatts comprados de Israel e outros 22 megawatts procedentes do Egito, o que deixa o enclave litorâneo com 40% de suas necessidades sem cobertura.

Os cortes começaram em junho de 2006, quando a aviação israelense bombardeou a usina elétrica de Gaza em represália pela captura do soldado Gilad Shalit, que permaneceu cinco anos detido na faixa.

A crise elétrica piorou após o Hamas tomar, através da força, o controle do território em 2007, depois de ganhar as eleições do ano anterior, e o fracasso do governo de unidade estabelecido com o Fatah.

Desde então, Israel considera Gaza uma "entidade hostil", por isso impôs um severo embargo que impede a entrada e saída livre de pessoas e produtos, incluído o combustível.

Os desacordos entre Fatah e Hamas agravaram a situação até chegar a um extremo, em 20 de julho, quando a CEG apagou quatro turbinas da usina elétrica por falta de combustível.

Dias depois, chegou uma onda de calor que levou à região temperaturas insuportáveis. A grande maioria dos moradores teve que fazer frente ao calor sem geladeiras nem, certamente, ar condicionado.

Nesse mesmo dia, expirou um acordo de quatro meses entre a Autoridade Palestina e o Hamas para fornecer à Gaza combustível comprado em Israel, que o Hamas paga através dos impostos e tarifas elétricas cobrados dos 1,8 milhão de habitantes do enclave.

A ANP era responsável pelo pagamento de 40% dos impostos que Israel aplica sobre o combustível, mas agora esta se nega a continuar pagando, e o Hamas assegura que não pode fazer frente a esse custo.

Antes de expirar o acordo, as casas desfrutavam de 16 horas de eletricidade por dia, com cortes longos de cerca de oito horas.

Mas a falta de acordo entre o governo de Gaza e a ANP supôs um aumento de 25% dos cortes e deixou a provisão reduzida a 12 horas por dia.

A onda de calor trouxe temperaturas de 47ºC, que durante a noite baixavam para 40ºC, o que levou a um aumento do consumo que provocou erros técnicos no final de julho em duas das quatro seções da usina elétrica em funcionamento, o que reduziu a quatro horas a provisão às casas.

A grave situação reduziu a mínimos a atividade na faixa, deixando suas ruas totalmente escuras durante a noite e os semáforos sem funcionamento, o que piorou o já caótico tráfego.

Nos bairros mais povoados, os moradores saem às ruas durante a noite para escapar do insuportável calor do interior de suas casas, e os que podem, vão às praias para desfrutar de um pouco de brisa do mar.

Os que não podem comprar geradores elétricos fazem curiosos ajustes para conseguir carregar os celulares ou ter luz com as baterias das motocicletas.

Ao cair a noite, os comércios fecham suas portas para não terem de pagar um alto custo pela luz.

Os hospitais e centros de saúde de emergência têm eletricidade 24 horas por dia graças a geradores elétricos que funcionam com combustível doado pela União Europeia e a ONU, e alguns desfrutam de energia solar instalada por ONGs.

"Não podemos nos permitir comprar combustível de Israel com esses impostos", disse à Agência Efe Ahmed Abu Alamrien, diretor de informação da CEG.

"A miséria e a tortura da população de Gaza são ilegais e inaceitáveis", escreveu em sua página do Facebook o ativista de direitos humanos Mustafá Ibrahim.

Mais irônico foi o jornalista Mohammed Goga. "Gaza tem todas as correntes: a corrente islâmica, a corrente secular, a corrente comunista, mas não temos corrente elétrica".

O porta-voz do Hamas em Gaza, Fawzi Barhum, acusa a ANP pelos cortes elétricos, "um ato desumano e um grande pecado que está agravando o sofrimento do povo".

A Guerra Civil na Síria

Fonte:http://g1.globo.com/revolta-arabe/noticia/2013/08/entenda-guerra-civil-da-siria.html

Entenda a guerra civil da Síria

Governo de Assad encara rebelião armada que já dura quase três anos.
Conflito tem mais de 130 mil mortos, caos humanitário e crise de refugiados.

Do G1, em São Paulo

 

Homem anda sobre escombros em um local atingido por forças leais ao presidente da Síria, Bashar al-Assad, no distrito de al-Shaar de Aleppo. (Foto: Saad AboBrahim/Reuters)Homem anda sobre escombros em um local atingido por forças leais ao presidente da Síria, Bashar al-Assad, no distrito de al-Shaar de Aleppo. (Foto: Saad AboBrahim/Reuters)

A República Árabe Síria enfrenta, desde março de 2011, uma guerra civil que já deixou pelo menos 130 mil mortos, destruiu a infraestrutura do país e gerou uma crise humanitária regional. Quase três anos depois, as partes envolvidas e a comunidade internacional tentam fazer estabelecer em conjunto os termos para paz.

Uma segunda conferência de paz, chamada Genebra II, foi realizada em janeiro na Suiça. Entretanto, após mais de uma semana de negociações, houve poucos avanços. Uma nova rodada foi iniciada em 10 de fevereiro, terminando no dia 15 novamente sem decisões e com acusações mútuas entre governo e oposição. Uma terceira rodada será feita em data ainda não definida.

Mais de 2 milhões deixaram o país em busca de refúgio em nações vizinhas, aumentando as tensões entre os países vizinhos. Outros 4,25 milhões de sírios tiveram que se deslocar dentro do país devido aos combates.

A situação sanitária se agrava, as organizações de ajuda não conseguem acesso a regiões inteiras do país, e a economia encolhe em meio aos combates.

O contestado presidente Bashar al-Assad, da minoria étnico-religiosa alauíta, enfrenta há quase três anos uma rebelião armada que tenta derrubá-lo do poder.

No início, a rebelião, localizada na cidade de Daraa, tinha um caráter pacífico, com a maioria sunita -que se considera prejudicada pelo governo- e a população em geral reivindicando mais democracia e liberdades individuais, inspirados pelas revoluções da chamada "Primavera Árabe" iniciadas no Egito e na Tunísia.

Os manifestantes também acusavam o governo de corrupção e nepotismo.

Em um episódio na cidade, crianças que pichavam muros teriam sido presas e torturadas, o que gerou revolta popular.

Aos poucos, com a repressão violenta das forças de segurança, os protestos foram se espalhando pelo país e se transformando em uma revolta armada, apoiada por militares desertores e por grupos islamitas como a Irmandade Muçulmana, do Egito e radicais com o grupo Al-Nursa, uma "franquia" da rede terrorista da Al-Qaeda, com o objetivo de derrubar o regime.

Assad se recusou a renunciar, mas fez concessões para tentar aplacar os manifestantes. Ele encerrou o estado de emergência, que durava 48 anos, fez uma nova Constituição e realizou eleições multipartidárias. Mas as medidas não convenceram a oposição, que continuou combatendo e exigindo sua queda.

A mediação de paz feita pela ONU, inicialmente com o ex-secretário-geral Kofi Annan e depois com o diplomata Lakhdar Brahimi, também vem fracassando.

O regime argumenta que a rebelião é insuflada por terroristas internacionais, com elos com a rede Al-Qaeda, cujo objetivo é criar o caos, e que está apenas se defendendo para manter a integridade nacional.

saiba mais

Entre o fim de 2013 e o início de 2014, confrontos entre rebeldes islamitas e jihadistas do Estado Islâmico do Iraque e Levante (EIIL, ligado à Al-Qaeda) deixaram milhares de mortos.

Há a percepção, dentro e fora do país, de que os grupos jihadistas tentam "tomar conta" da revolta, o que dificulta a tomada de posição do Ocidente.

O conflito se generalizou pelo país e tem sido marcado por derrotas e vitórias militares dos dois lados, e pelo grande número de mortes.

A fragmentada oposição síria tenta se organizar para uma possível tomada de poder, mas queixa-se de falta de apoio das potências ocidentais, que se mostram reticentes em entrar no campo de batalha.

Tensões no exterior
A guerra civil síria reviveu as tensões da Guerra Fria entre Ocidente e Oriente, por conta do apoio da Rússia ao regime sírio.

Desde o início do conflito em março de 2011, os EUA se limitam, oficialmente, a oferecer apoio não letal aos rebeldes e a fornecer ajuda humanitária.

Em junho, a administração Obama prometeu "apoio militar" aos rebeldes, embora tenha mantido certa indefinição sobre a natureza dessa ajuda.

Os EUA tinham até pouco tempo atrás pouco apetite para intervir na região, por conta do envolvimento da Al-Qaeda, inimiga mortal dos americanos e autora dos atentados do 11 de Setembro de 2001.

A Rússia, que tem interesses econômicos e estratégicos na região, é a principal aliada do governo sírio. China e Irã também são importantes aliados do presidente sírio Assad. Ele também tem apoio do movimento xiita libanês Hezbollah.

Armas químicas
Em 21 de agosto, a
oposição denunciou mais de mil mortos em um massacre com uso de armas químicas em subúrbios de Damasco controlados pelos rebeldes. Já havia relatos anteriores de uso de armas químicas pelo regime.

O governo e o próprio Assad negaram as acusações, apesar de o Ocidente dizer ter provas em contrário.

Observadores da ONU foram autorizados a irem até o local para investigar se houve uso de armas químicas. O incidente é considerado o mais grave com uso de armas químicas no planeta desde os anos 1980.

Após o ataque, aumentaram as conversas sobre uma possível intervenção internacional no país, liderada pelos EUA. No dia 31 de agosto, Obama fez um pronunciamento dizendo que decidiu que o país deveria adotar uma ação militar contra alvos do governo sírio, mas ressaltou que iria buscar a aprovação do Congresso norte-americano antes de fazê-lo.

A oposição síria esperou ansiosamente o ataque americano, e emitiu comunicado dizendo que a ajuda deveria vir também em armas.

Mas a Rússia mudou esse panorama dois dias depois, quando propôs um plano para acabar com as armas químicas da Síria. Obama, apesar do ceticismo em relação à proposta, aceitou a proposta. A Síria começou a colaborar com a Opaq (Organização para a Proibição de Armas Químicas), que lacrou os arsenais sírios e prepara-se para sua destruição. O trabalho rendeu o Prêmio Nobel da Paz à Opaq.

No dia 16 de setembro, a ONU divulgou o relatório sobre a investigação do ataque de armas químicas ocorrido em 21 de agosto nos subúrbios de Damasco. O documento confirmou que um grande número de pessoas morreu vítima de gás sarin na região de Goutha, na periferia da capital.

Os EUA afirmam que estão dando uma chance à diplomacia, mas que, se Assad não cumprir sua parte, a possibilidade de uma intervenção militar não está descartada.

arte síria versão 18.02 (Foto: Arte/G1)

Conferência de paz
No fim de 2013, Estados Unidos e Rússia, principais negociadores externos, acertaram a data de 22 de janeiro para a realização de uma conferência de paz chamada de Genebra II.  O encontro deseja tentar chegar a uma solução negociada para o conflito sírio.

Devem se sentar na mesma mesa o regime e a oposição – o governo confirmou sua participação, mas descartou excluir o presidente Bashar al-Assad do processo de transição política no país em guerra civil, algo que é exigido por diversas partes.

Entretanto, nas semanas que antecediam a realização da conferência, a participação ou não de diversos países e partes envolvidas gerou polêmica. Alguns membros da coalizão opositora, com o Conselho Nacional Sírio (CNS) à frente, recusam-se a sentar-se à mesma mesa com representantes do regime de Damasco.

A ONU chegou a convidar o Irã para participar, mas o chamado foi rejeitado pela oposição síria, pelos Estados Unidos e pela Arábia Saudita. O Irã, aliado do regime sírio, "nunca apoiou o comunicado de Genebra I", que pede um governo de transição na Síria, afirmou um funcionário de alto escalão do Departamento de Estado dos EUA.

Após a polêmica, a ONU retirou o convite ao Irã – o que foi criticado pela Rússia.

Leia abaixo algumas das datas do conflito:

2011
- 23 de março: Ao menos 100 pessoas são mortas pelas forças de ordem durante manifestações em Deraa (sul), berço da revolta uma semana antes (militantes e testemunhas).

- 31 de julho: 100 mortos e dezenas de feridos durante uma vasta ofensiva do Exército em Hama (centro).

2012
- 4 de fevereiro: Mais de 230 civis, incluindo dezenas de mulheres e crianças, são mortos em uma noite em Homs (centro) em bombardeios do Exército.

- 25 de maio: Ao menos 108 mortos em um massacre em Hula (província de Homs). Uma Comissão de investigação da ONU afirma que as forças pró-Assad são responsáveis por muitas mortes.

- 6 de junho: Mais de 100 pessoas são mortas, incluindo mulheres e crianças em Al-Kubeir (província de Hama). O OSDH e a oposição acusam os "shabbihas" (milícias pró-regime) pelo massacre.

- 21 de junho: Quase 170 mortos, incluindo 104 civis.

- 12 de julho: Em Treimsa (província de Hama), bombardeios e combates fazem mais de 150 mortos, incluindo dezenas de rebeldes. A oposição e uma parte da comunidade internacional chamam esta operação de 'massacre'.

- 19 de julho: A repressão e os combates fazem mais de 300 mortos, em seu maioria civis, em todo o país.

- 6 e 7 de agosto: Quase 500 mortos, incluindo mais de 300 civis, em todo o país. Em 11 e 12 de agosto, quase 300 mortos, particularmente em Aleppo (norte). Agosto foi o mês com o maior número de mortos na revolta síria.

- 20-26 de agosto: Operação militar contra Daraya: mais de 200 corpos são

encontrados nesta periferia rebelde de Damasco.

- 20 de setembro: 225 mortos, incluindo dezenas durante um ataque contra um posto de gasolina da província de Raqa (norte).

- 26 de setembro: Ao menos 305 mortos, incluindo 199 civis.

- 23 de dezembro: Mais de 60 civis mortos em um ataque do Exército em frente a uma padaria perto de Hama (centro). Segundo a organização Human Rights Watch, os ataques contra filas de espera mataram dezenas de civis.

2013
- 15 de janeiro: 87 mortos em bombardeios
contra a universidade de Aleppo. Rebeldes e regime negam responsabilidade no ataque.

- 29 de janeiro: quase 80 corpos de jovens executados são encontrado em um rio em Aleppo.

- 21 de fevereiro: mais de 100 pessoas são mortas, em sua maioria civis, em atentados em Damasco.

- 11 de junho: Sessenta xiitas, em sua maioria combatentes pró-regime, são mortos na província de Deir Ezzor (leste). Com a intensificação dos combates, os balanços do OSDH ultrapassam quase todos os dias os 100 mortos.

- 21 de agosto: A oposição acusa o regime Assad de matar 1.300 pessoas em um ataque com armas químicas perto de Damasco e a comunidade internacional de ser "cúmplice por seu silêncio".

- 22 de agosto: Corpos continuam sendo encontrados após o ataque supostamente com armas químicas em um subúrbio de Damasco. Segundo a oposição, número de mortos deve subir. A França defende o uso de força caso o uso de armas químicas seja confirmado, e a Turquia pede intervenção internacional. Já o Irã defende o governo sírio.

- 23 de agosto: Ativistas da Síria tentam entregar à ONU amostras de vítimas de ataque para comprovar o uso de armas químicas. O enviado especial da Liga Árabe e da ONU, Lakhdar Brahimi, diz que o conflito sírio é a maior ameaça à paz mundial. Obama diz que acusações de ataque químico na Síria são "preocupantes". Rússia rejeita uso de força, mas pede investigação.

- 24 de agosto: A ONG Médicos Sem Fronteiras diz que 355 dos mortos em Damasco apresentavam sintomas neurotóxicos. O regime sírio acusa os rebeldes de terem usado as armas químicas. O secretário americano de Defesa, Chuck Hagel, diz que o Pentágono já mobiliza forças para uma possível ação militar contra a Síria caso o presidente Barack Obama decida por esta opção.

- 25 de agosto: Governo sírio diz que permitirá o acesso dos inspetores da ONU a local de suposto ataque químico. Regime também afirma que qualquer ação dos EUA "inflamaria o Oriente Médio". O Papa Francisco pede um esforço internacional para acabar com a crise no país.

- 26 de agosto: Inspetores da ONU seguem para local de suposto ataque químico em Damasco e conversam com vítimas. Comboio sofre ataque no caminho, mas ninguém fica ferido - governo e oposição trocam acusações sobre autoria dos disparos. Declarações de Reino Unido e França indicam que possibilidade de intervenção aumentou. Rússia diz que ataque sem aval da ONU será uma "violação grave". Em entrevista Assad diz que EUA irão fracassar se tentarem invadir a Síria. O secretário de Estado dos EUA, John Kerry, diz que o uso de armas químicas na Síria foi "real e convincente" e baseado em fatos. Rebeldes assumem controle de cidade estratégica no norte e 50 combatentes pró-governo são mortos.

- 27 de agosto: Segunda visita de inspetores da ONU a local de ataques é adiada. O premiê britânico chama o Parlamento para discutir a situação da Síria, e o secretário de Defesa dos EUA, Chuck Hagel, diz que as forças armadas americanas estão prontas para "agir imediatamente" contra a Síria, a partir de uma ordem do presidente Barack Obama. A imprensa americana diz que o ataque, que seria realizado nos "próximos dias", seria breve, limitado e pontual, sem o propósito de derrubar Assad. Obama e Cameron conversam por telefone sobre a crise.

- 28 de agosto: Ban Ki-Moon pede aos membros do Conselho de Segurança que se unam para "atuar pela paz" na Síria. Investigadores da ONU retomam visitas - órgão anuncia necessidade de mais quatro dias de trabalhos. O regime sírio acusa os rebeldes de terem feito o ataque para forçar uma intervenção. As potências pressionam a Rússia a apoiar a resolução que permite o ataque, mas afirmam que devem atacar a Síria mesmo sem o aval do Conselho de Segurança. O Reino Unido garante que não haverá ações no país antes do fim das investigações da ONU. Obama diz que ainda não se decidiu sobre ação militar na Síria.

- 29 de agosto: Inspetores da ONU anunciam que vão apresentar os dados preliminares de suas pesquisas sobre suposto ataque químico no dia 31. Rússia diz que projetos de intervenção na Síria são um "desafio" aos princípios da Carta da ONU. O Reino Unido publica relatórios que afirmam que é legal atacar Síria mesmo sem aval da ONU. Assad diz que a Síria vai se defender diante de qualquer agressão, e o Egito se posiciona contra a intervenção militar no país. O premiê britânico diz que a responsabilidade do ataque na Síria não é 100% clara, e o parlamento britânico vota contra sua moção por um ataque à Síria. Reunião do Conselho de Segurança da ONU sobre Síria acaba em impasse.

- 30 de agosto: Após rejeição britânica a uma ação na Síria, a Rússia diz ser contrária a qualquer resolução que permita uma intervenção militar e a Alemanha descarta participar. Já a França diz que decisão de Londres não muda sua vontade de agir e punir Assad. Israel mobiliza seus sistemas antimísseis em Tel Aviv. O premiê britânico diz que não deve desculpas a Obama por revés na Síria, e o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, apresentando um relatório de inteligência sobre o ataque, diz que ele matou 1.429 pessoas, 426 delas crianças. Obama afirma que o regime Assad precisa ser punido, mas diz que ainda não tomou a "decisão final" sobre o ataque. O governo sírio reage ao relatório, que classifica como "mentiras" e uma "tentativa desesperada" de justificar um ataque.

-31 de agosto: Obama afirma que vai atacar a Síria, mas disse que, antes disso, vai buscar apoio do Congresso.

- 1º de setembro: O secretário de Estado dos EUA, John Kerry, diz que gás sarin foi usado no ataque. O governo sírio voltou a dizer que uma ação americana na região seria, na prática, um apoio à rede terrorista da Al-Qaeda. Os ministros árabes das Relações Exteriores pediram que a Organização das Nações Unidas (ONU) e a comunidade internacional "assumam suas responsabilidades" na crise síria

-2 de setembro: A Rússia disse não estar convencida sobre as provas apresentadas pelos EUA sobre o suposto ataque químico e afirmou que pretende mandar uma comissão parlamentar ao Congresso americano para pressionar contra o ataque. Assad afirmou que o Oriente Médio é um "barril de pólvora" e advertiu para os riscos de uma "guerra regional" caso as potências ataquem. Analistas criticam a "indecisão" das potências ao lidar com a crise síria e afirmam que Obama tomou uma decisão arriscada ao levar o debate para o Congresso.

-3 de setembro: O número total de refugiados por causa da guerra civil na Síria chegou a 2 milhões, segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados, Acnur. De acordo com um informe da agência, não há previsão de melhora na situação. Israel faz um teste de míssil no Mediterrâneo, em conjunto com os EUA, aumentando a tensão regional. O Pentágono afirma que o teste não tem relação com a Síria. Obama afirma que a ação na Síria será limitada, mas parte de uma estratégica para derrubar o regime Assad. O presidente da Câmara dos EUA, republicano John Bohener, anuncia apoio ao ataque e pede que seus colegas o sigam.

-4 de setembro: O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmaq ue Moscou não descarta aceitar uma ação militar contra o regime Assad, se ficar demonstrado que ele usou armas químicas contra a população, em entrevista divulgada pelo Kremlin. O vice-chanceler sírio diz que o país não cederá mesmo que o possível ataque ocidental provoque a terceira guerra mundial. Obama reafima que o mundo não pode ficar parado diante da situação síria. O Comitê de Relações Exteriores do Senado aprova, por 10 votos a 7, o projeto que autoriza o governo americano a atacar a Síria. O texto agora precisa ser aprovado pelo plenário do Senado e também da Câmara de Representantes.

-5 de setembro: As acusações de que o regime sírio utilizou armas químicas em 21 de agosto são um "pretexto" para atacar a Síria, afirma o guia supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei. O presidente russo Putin põe a Síria na agenda do G20; ele quer pressionar Obama a desistir do ataque. O Reino Unido diz ter novas provas do uso de armas químicas no país. A embaixadora dos EUA na ONU, Samantha Power, diz que a Rússia mantém o Conselho de Segurança refém na crise síria. As divisões no G20 em relação ao ataque persistem, segundo o premiê italiano, Enrico Letta.

-6 de setembro: Obama afirma que a maioria dos países do G20 está de acordo em atribuir o ataque químico ao regime sírio. Uma coalizão de 11 países pediu uma "resposta internacional forte" à Síria, segundo a Casa Branca. Putin não muda de posição sobre o ataque. O líder da maioria republicana na Câmara de Representantes, Eric Cantor, disse que espera que a resolução sobre Síria seja votada na casa "em duas semanas".

-7 de setembro: Obama pede ao Congresso que não fique "de olhos vendados" em relação ao uso de armas químicas na Síria. Os chanceleres da União Europeia pedem uma "resposta forte" ao ataque químico, mas sem aderir à proposta de ataque levada pelo secretário de Estado dos EUA, John Kerry.

-8 de setembro: O Papa Francisco denuncia o que chamou de "guerras comerciais" com o objetivo de vender armas. Assad diz à TV americana CBS que não teve responsabilidade no ataque químico.

-9 de setembro: John Kerry diz que Assad pode evitar o ataque à Síria se entregar suas armas químicas, mas duvida que o ditador sírio vá fazer isso. A Síria recebe bem uma proposta russa de monitoramento do arsenal, mas os EUA reagem com ceticismo. Assad diz que os EUA devem estar "preparados para tudo" em caso de ataque à Síria. Obama afirma que "leva a sério" a proposta russa de monitorar o arsenal químico sírio, mas que quer ver ações práticas.

10 de setembro: O dia é marcado por embates diplomáticos relacionados ao plano russo para que a Síria entregue suas armas químicas. A Rússia afirma que já trabalha com a Síria para um "plano concreto". A França promete apresentar ao Conselho de Segurança da ONU uma resolução sobre as armas químicas sírias, prevendo consequências se o regime não cumprir sua parte. O Kremlin revela que Putin e Obama discutiram a proposta de monitoramento, na semana anterior, às margens da reunião do G20. A Síria aceita a proposta russa, segundo a agência Interfax. Obama afirma que, apesar dessa negociação, ainda defenderá a ação militar. O secretário de Estado Kerry diz que os EUA não vão esperar muito por um plano russo. EUA, Reino Unido e França dedidem discutir a proposta no âmbito da ONU. A Rússia convoca e depois cancela uma reunião emergencial do Conselho de Segurança da ONU para tratar do tema. Putin diz que sua proposta só funcionará se os EUA e os aliados desistirem de atacar a Síria. Obama pede mais tempo ao Congresso para discutir a proposta russa e, em discurso na TV, diz que vai analisar a proposta russa, mas com ceticismo.

11 de setembro: Um relatório da comissão de investigadores da ONU diz que a Síria cometeu "crimes contra a humanidade" e que a oposição ao governo de Bashar al-Assad cometeu "crimes de guerra". A Rússia entrega aos EUA o projeto sobre as armas químicas sírias, para análise. Os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU se reúnem para tratar do tema.

12 de setembro: O governo dos EUA começou a entregar armas aos rebeldes sírios, revela o "Washington Post". Em meio ás negociações em Genebra, os EUA pedem que o governo sírio revele o tamanho de seu arsenal. Assad nega que tenha concordado com o plano russo por conta das ameaças dos EUA e promete aderir à convenção antiarmas químicas se os americanos cessarem as ameaças. A ONU recebe os documentos da Síria para adesão à convenção. Os EUA afirmam que a opção militar continua sobre a mesa.

13 de setembro: O "Wall Street Journal", citando fontes americanas, afirma que o regime sírio está espalhando seu arsenal químico por dezenas de lugares, para dificultar sua localização. O secretário-geral da ONU afirma que o relatório da entidade deve confirmar o uso de armas químicas no ataque de 21 de agosto. Ban acusa o regime Assad de cometer "muitos crimes contra a humanidade". EUA, Rússia e ONU concordam em continuar buscando uma "solução política" para a crise síria.

14 de setembro: Estados Unidos e a Rússia chegaram a um acordo sobre a crise no país. A Síria terá uma semana para entregar um relatório sobre seu arsenal de armas químicas para evitar um ataque. Se a Síria não cumprir os procedimentos para eliminar suas armas químicas, a ameaça de uso de força será incluída em uma resolução do Conselho de Segurança da ONU.

16 de setembro: Relatório da ONU confirmou que armas químicas foram usadas na Síria. Segundo o secretário-geral Ban Ki-moon, "e o uso mais significativo confirmado de armas químicas contra civis desde que Saddam Hussein usou em Halabja, em 1988". De acordo com as investigações, 85% das amostras de sangue coletadas testaram positivo para sarin, enquanto quase todas as amostras biomédicas verificadas testaram positivo para exposição ao sarin.

17 de setembro: Potências do Conselho de Segurança negociam resolução sobre armas químicas sírias.

18 de setembro: A Rússia diz ter provas, fornecidas pelo regime sírio, de que os rebeldes foram responsáveis pelo ataque químico. Moscou afirma que o relatório foi parcial. A ONU defende a objetividade do texto. Em entrevista à Fox News, Assad volta a se comprometer com a destruição do arsenal químico.

19 de setembro: O secretário Kerry reafirma a convicção de que o regime sírio tem responsabilidade no ataque. Ele pede que o Conselho de Segurança da ONU atue em relação à crise.

20 de setembro - A Organização para a Proibição de Armas Químicas disse ter recebido uma primeira relação das armas químicas sírias.

21 de setembro - A Síria termina a entrega de dados à Opaq.

24 de setembro - Uma explosão, atribuída pelo regime a terroristas, deixa mortos e feridos em Damasco. Na Assembleia Geral da ONU, o presidente Obama reafirma que o papel dos EUA na guerra civil síria é impedir o uso de armas químicas.

25 de setembro - Inspetores de armas da ONU voltam a Damasco para investigar mais 14 incidentes com suposto uso de armas químicas. O Conselho de Segurança da ONU chega a um consenso sobre a Síria, mas não há detalhes sobre o texto. A Rússia, no entanto, negou a existência de um acordo.

27 de setembro- O órgão que monitora armas químicas aprova o plano sírio para se desfazer de seu arsenal. O Conselho de Segurança da ONU aprova o projeto de resolução que obriga o regime sírio a desmantelar suas armas químicas.

5 de outubro - Assad diz que, "se o povo quiser", ele vai ser candidato nas eleições presidenciais previstas para 2014.

6 de outubro - Começa a destruição do arsenal químico sírio, segundo fonte da Opaq.

9 de outubro - A Opaq pede um cessar-fogo temporário para que seus inspetores possam trabalhar.

10 de outubro - Os inspetores reiniciam seus trabalhos, um dia depois da chegada de uma segunda equipe de especialistas a Damasco.

11 de outubro - A Opaq ganha o Prêmio Nobel da Paz 2013, pelos "amplos esforços" da entidade para eliminar os arsenais químicos pelo mundo. Saiba mais sobre a organização.

17 de outubro - A Opaq anunciou ter inspecionado quase metade das instalações do arsenal químico sírio.

18 de outubro - A Arábia Saudita se recusa a ocupar uma cadeira temporária no Conselho de Segurança da ONU para protestar pela impotência do organismo ante os conflitos no Oriente Médio, em particular na  Síria.

20 de outubro - O chefe da Liga Árabe, Nabil Elaraby, diz que as negociações de paz foram marcadas para 23 de novembro em Genebra. O emissário internacional para a Síria, Lakhdar Brahimi, exige a presença de uma oposição "crível" no encontro.

22 de outubro - Reunido em Londres, o grupo diplomático de Amigos da Síria define, com representantes da oposição, que Assad não deve desempenhar nenhum papel num futuro governo sírio.

25 de outubro - Um carro-bomba explode numa área da periferia de Damasco controlada por rebeldes e deixa dezenas de mortos e feridos.

29 de outubro - A Organização Mundial de Saúde (OMS) confirma que existe uma epidemia de poliomielite em uma província no nordeste da Síria e disse que há um alto risco de ela se espalhar pela região.

31 de outubro - A Opaq anuncia ter lacrado mais de mil toneladas de armas e substâncias químicas do governo sírio. Israel ataca uma base aérea no noroeste da Síria, tendo como objetivo um carregamento de mísseis destinado ao movimento xiita libanês Hezbollah.

4 de novembro - A ONU anuncia que o número de sírios obrigados a abandonar seus lares devido à guerra aingiu 6,5 milhões de pessoas. Segundo a área de operações humanitárias, 9,3 milhões de pessoas precisam de ajuda externa para sobreviver.

5 de novembro - Um obus cai sobre a embaixada do Vaticano na Síria, sem deixar vítimas. Começam as reuniões preparatórias para a conferência de paz, mas nenhuma data é definida. Combatentes curdos tomam o controle de 23 localidades no norte da Síria.

6 de novembro - Rebeldes sírios assumem o controle de parte de um arsenal do Exército na província central de Homs e levam uma grande quantidade de armas, segundo a OSDH.

7 de novembro - A Opaq  anuncia que os especialistas que têm a missão de destruir o arsenal químico sírio inspecionaram 22 das 23 instalações declaradas pela Síria. Os EUA começam a consultar os aliados sobre a destruição do arsenal.

8 de novembro - EUA pedem que Albânia destrua o arsenal químico sírio em seu território. A ONU anuncia que mais de 20 milhões de crianças serão vacinadas contra a pólio na Síria.

10 de novembro - A organização Human Rights Watch denuncia que a Força Aérea da Síria usou armas incendiárias em dezenas de ataques ao longo do último ano.

11 de novembro - A oposição síria concorda em participar de negociações internacionais de paz em Genebra, mas determina as condições que devem ser atendidas antes das negociações.

13 de novembro - Os EUA elogiam a decisão da oposição de participar da conferência de paz. O exército sírio assume o controle de uma cidade ao sul de Damasco durante uma ofensiva destinada a separar a capital dos subúrbios.

15 de novembro - A Opaq adota um plano para a destruição do arsenal sírio.

25 de novembro - A ONU marca para 22 de janeiro, em Genebra, a primeira conferência direta de paz para tentar solucionar o confronto.

26 de novembro - Os rebeldes afirmam que não vão cessar os combates durante a negociação de paz.

27 de novembro - O governo sírio anunciou que vai à conferência de paz, mas descartou excluir Assad do processo de transição de poder.

29 de novembro - Relatório do Alto Comissariado da ONU para Refugiados (Acnur) aponta que há ao todo 1,1 milhão de crianças sírias refugiadas pelo conflito - o que equivale a 52% do total de sírios que deixaram o pais.

2 de dezembro - O Observatório Sírio afirma que a guerra matou mais de 125 mil pessoas. A ONU responsabiliza Assad por crimes de guerra e contra a humanidade no país.

17 de dezembro - A conferência de paz sobre a Síria é remarcada para Montreaux.

18 de dezembro - Série de bombardeios do governo matam mais de 135 em Aleppo.

19 de dezembro - A ONU afirma que a campanha de desaparecimentos forçados do governo sírio é um crime contra a humanidade.

31 de dezembro - O número de mortos no conflito passa de 130 mil, segundo o Observatório Sírio.

2014
1º de janeiro -
O ano de 2013 foi
o mais sangrento da guerra civil, segundo o observatório.

9 de janeiro - A oposição se reúne para tentar fechar posições antes das negociações de paz.

12 de janeiro - Levantamento do OSDH aponta que combates travados entre jihadistas e rebeldes antigoverno deixaram em nove dias 700 mortos e centenas de desaparecidos no norte da Síria. Os principais diplomatas dos EUA e da Rússia pedem um cessar-fogo "limitado", que valha para a região de Aleppo, antes da abertura de negociações prevista para 22 de janeiro em Genebra.

16 de janeiro - O OSDH afirma que mais de mil pessoas já morreram nos confrontos entre rebeldes antigoverno e jihadistas.

17 de janeiro - A Síria entrega à Rússia uma proposta para um cessar-fogo em Aleppo e diz estar aberta a negociar uma possível troca de prisioneiros com os rebeldes.

20 de janeiro - Em entrevista à France Presse, Assad diz que há "muitas possibilidades" de que tente a reeleição nas eleições marcadas para junho. Paralelamente, a oposição ameaça se retirar das negociações de paz se a ONU não retirar o convite feito ao Irã para Genebra II. Apos protestos também dos EUA e da Arábia Saudita, o secretário-geral da ONU retirou o convite ao Irã, o que foi criticado pela Rússia.

21 de janeiro - Três ex-procuradores internacionais acusam a Síria de massacres em grande escala e torturas em um relatório baseado no testemunho de um desertor encomendado pelo Qatar. O avião da delegação síria que seguia para a Suíça para a conferência de paz é retido em Atenas por cinco horas.

22 de janeiro - Começa a conferência de paz Genebra 2. O governo sírio e a oposição trocam acusações, enquanto o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, diz que Assad não participará "de jeito nenhum" de um governo de transição no país em guerra civil. Ao mesmo tempo, o governo sírio garante que Assad não irá renunciar. O representante do Brasil na conferência diz que a solução para a conflito foi minada "por muito tempo" por uma "paralisia do Conselho de Segurança". Do lado de fora das negociações, a Síria diz que relatórios sobre tortura são 'politizados' e que as fotos divulgadas são falsas.

23 de janeiro - O líder da Al-Qaeda faz um apelo pedindo que os jihadistas coloquem fim imediatamente aos seus combates na Síria. O presidente do Irã defende "eleições livres" para encerrar a guerra civil, e Kerry diz que Assad ainda não está pronto para renunciar. Na conferência de paz, o mediador da ONU, Lakhdar Brahimi, se reuniu separadamente com delegados do regime sírio e da oposição.

24 de janeiro - Novas reuniões separadas entre a ONU e as delegações do governo sírio e da oposição são realizadas. A TV estatal síria diz que o regime ameaça deixar as negociações, e o ministro da Informação diz que o governo não aceita integrar uma transição.

25 de janeiro - As delegações do regime sírio e da oposição realizam sua primeira reunião conjunta em Genebra II. O encontro é mediado pela ONU. Após os encontros, Brahimi diz que não houve muitos avanços, mas que elas continuarão e disse esperar que as conversas permitam que suprimentos de ajuda cheguem à cidade sitiada de Homs.

26 de janeiro - Governo e oposição voltam a se encontrar com mediação da ONU em Genebra. A oposição entrega uma lista com nomes de 1,3 mil mulheres e crianças retidas nas prisões do regime, para que elas sejam libertadas, e negou reter civis, apenas combatentes. Após a reunião, o governo autorizou que mulheres e crianças sitiados há meses no centro de Homs deixassem a cidade.

27 de janeiro - Governo e oposição se reúnem pelo terceiro dia seguido para começar a discutir a formação de um governo de transição. As negociações são paralisadas após o governo ter divulgado uma declaração de intenções que aparentemente descarta a formação de um governo de transição - prontamente rejeitada pela oposição, que pediu que os países parem de armar os rebeldes e "incitar o terrorismo". Apesar do impasse, as delegações afirmam que não vão abandonar a mesa de negociações. No fim do dia, a ONU anuncia que mais armas químicas sírias foram carregadas em navios e transferidas para fora da Síria.

28 de janeiro - O mediador da ONU cancela a sesssão da tarde das negociações entre governo e oposição devido às diferenças entre os objetivos dos dois grupos e para dar tempo de o regime pensar sobre Genebra 1, que voltou à pauta. Enquanto isso, um comboio da ONU aguarda autorização para levar comida suficiente para alimentar 2,5 mil pessoas por um mês a Homs.

29 de janeiro - As duas delegações sírias concordaram em usar o "comunicado de Genebra", como base para o diálogo, segundo um porta-voz da oposição. Ao mesmo tempo, a fome deixa desesperadas as quase 20 mil pessoas que vivem no acampamento palestino de Yarmuk, em Damasco.

30 de janeiro - Human Rights Watch acusa o governo sírio de destruir bairros inteiros em Damasco e Hama como punição coletiva. O regime e a oposição fazem nova reunião durante a conferência de paz em Genebra, e tratam sobre terrorismo. O atraso na saída de armas químicas da Síria preocupa o Pentágono, mas um porta-voz do departamento de Estado diz que a Síria ainda pode alcançar o prazo de sua obrigação.

31 de janeiro - Após mais de uma semana de negociações, a conferência de paz é suspensa e uma nova rodada de conversas marcada para 10 de fevereiro. Damasco diz que não fará concessões, e o grupo Amigos da Síria pede que Assad pare de obstruir o processo. O secretário de Estado dos EUA, John Kerry, pede ao chanceler russo que pressione o governo sírio a acelerar a retirada de armas químicas do país.

1º de fevereiro - Pelo menos 85 pessoas morrem em Aleppo quando helicópteros das forças do regime sírio lançaram barris de explosivos.

3 de fevereiro - O comando-geral da rede terrorista da Al-Qaeda desautoriza o Estado Islâmico do Iraque e Levante (EIIL), grupo jihadista acusado pela oposição de servir aos interesses do regime de Bashar al-Assad.

4 de fevereiro - O líder da oposição síria se reúne com o chanceler russo para tentar convencer Moscou a pressionar o regime de Damasco a aceitar a instauração de um governo de transição. A Rússia oferece garantias de que o governo vai participar da nova rodada de negociações. Novos bombardeios com barris de explosivos sobre Aleppo matam oito civis, e a ONU denuncia que crianças têm sido recrutadas como soldados e que aquelas ligadas aos rebeldes são torturadas pelo governo.

5 de fevereiro - A Síria descumpre o prazo para a entrega de todas as substâncias químicas declaradas aos inspetores de armas químicas. Rebeldes e jihadistas fazem trégua no norte do país.

6 de fevereiro - A ONU diz que a Síria pode cumprir prazo de 30 de junho para o fim do programa de armas químicas. A Rússia anuncia que o governo e a oposição chegaram a um acordo em relação à chegada de ajuda humanitária à cidade sitiada de Homs. As autoridades anunciam que os civis começarão a ser retirados da cidade velha, e a ONU confirma o acordo. Rebeldes controlam prisão de Aleppo e libertam centenas de presos. O Conselho de Segurança pressiona o país para a retirada de armas químicas, enquanto uma enviada da Opaq diz que o atraso não é intencional.

7 de fevereiro - A Síria confirma que uma delegação do regime vai participar da segunda fase das negociações de paz em Genebra, prevista para 10 de fevereiro. Ao mesmo tempo, começa a retirada de civis da cidade sitiada de Homs.

8 de fevereiro - Um comboio de ajuda que tentava alcançar um distrito rebelde sitiado na cidade síria de Homs sofre um ataque. Quatro pessoas ficam feridas, e a quebra do cessar-fogo ameaça a operação.

9 de fevereiro - Veículos das Nações Unidas são atacados novamente ao tentar levar ajuda humanitária a Homs. A primeira ação de resgate, entretanto, termina com 600 pessoas retiradas. Ao mesmo tempo, a delegação do governo sírio chega a Genebra para retomar a negociação de paz com a oposição.

10 de fevereiro - A França anuncia que vai apresentar uma resolução na ONU para exigir um acesso humanitário à população civil. As negociações para tentar encerrar guerra Síria são retomadas em Genebra, com início difícil. Um novo grupo com 300 civis é retirado do setor sitiado da cidade de Homs, e uma terceira carga de agentes químicos é retirada do país para ser destruída. Enquanto isso, a Rússia propôs uma reunião com autoridades norte-americanas, da ONU e das delegações sírias durante as negociações de paz.

11 de fevereiro - A rússia diz que a proposta de resolução da ONU que visa aumentar o acesso de ajuda à Síria é parcial e fora da realidade. Representantes do governo e da oposição se sentam na mesma mesa para negociações em Genebra, mas o encontro tem poucos avanços. O embaixador sírio na Rússia diz que os elementos mais perigosos do arsenal de armas químicas serão removidos do país até 1º de março.

12 de fevereiro - O presidente dos EUA, Barack Obama, pressiona Rússia para passar a resolução da ONU sobre Homs. A oposição síria pede que se estabeleça um organismo de governo transitório para supervisionar um cessar-fogo total, sob monitoramento da ONU. A operação de transporte de ajuda humanitária e de retirada de civis das zonas cercadas em Homs é retomada.

13 de fevereiro - A Rússia apresenta uma proposta de resolução no Conselho de Segurança da ONU sobre o "combate ao terrorismo" na Síria. O cessar-fogo para a realização de operações humanitárias em Homs é estendido por mais três dias. Enquanto isso, as negociações de paz travam e o número de mortos na guerra dispara.

14 de fevereiro - O chanceler russo diz que o processo de paz não deve ser focado apenas no governo de transição. Uma empresa finlandesa e outra americana são escolhidas para participar da destruição do arsenal químico sírio, e a Rússia e a Otan anunciam preparar uma rara operação naval conjunta no Mediterrâneo para proteger a embarcação dos EUA que destruirá as armas químicas. As negociações de paz em Genebra seguem sem progressos, enquanto o mediador Lakhdar Brahimi planeja uma terceira rodada. Barack Obama declara estar cogitando novas maneiras de pressionar o governo Assad. Minas instaladas por rebeldes sob hotel na parte antiga de Aleppo são detonadas e deixam cinco mortos.

15 de fevereiro - Sem avanço, as negociações de paz em Genebra são suspensas sem o acerto de uma data para seu reinício. O número de mortos no conflito passa de 140 mil, incluindo 7 mil crianças, segundo ativistas. O governo britânico classifica como "grave retrocesso" o resultado das negociações.

16 de fevereiro - O secretário de Estado americano John Kerry culpa o regime de Assad pela suspensão das negociações em Genebra. Ao mesmo tempo, o chanceler sírio diz que as negociações não fracassaram e defendeu que "avanços importantes" foram feitos. O chefe do Estado-Maior do Exército Sírio Livre, Selim Idriss, é destituído.

17 de fevereiro - Kerry, critica a Rússia por supostamente permitir que Assad permaneça no poder em um país devastado pela guerra. Analistas estimam que o confronto entre as forças do regime e os rebeldes se intensificará após o fracasso das negociações de Genebra.

22 de fevereiro - O Conselho de Segurança da ONU aprova uma resolução não obrigatória que pede o fim do cerco a várias cidades e facilidades de acesso às missões humanitárias. A oposição síria diz que a medida é o "primeiro passo" para atenuar as necessidades do sírios.

23 de fevereiro - A oposição síria agradece a resolução da ONU, e diz que é o "primeiro passo" para atenuar as necessidades dos sírios. Já o governo diz que vai cooperar com a resolução, mas estabeleceram como condição que seja respeitada a soberania síria.

24 de fevereiro - Ataques aéreos deixam dezenas de mortos no centro do país, em áreas controladas por rebeldes.

25 de fevereiro - A ONU alerta que cerca de 2 mil crianças sírias refugiadas no Líbano correm o risco de morrer de desnutrição se não receberem tratamento imediato.

4 de março - Missão encarregada de supervisionar a retirada das armas químicas informa que a Síria retirou ou destruiu um terço de seu arsenal químico que deve ser aniquilado.

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