quinta-feira, 24 de outubro de 2013

11 de SETETMBRO - A ORIGEM NO AFEGANISTÃO

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Na iminência de um governo marxista no Afeganistão, o primeiro-ministro Hafizullah Amin se recusa a ceder o poder para Babrak Karmal, então apoiado pela União Soviética. Este país envia o general Viktor Paputin para Cabul, com o objetivo de negociar com o governo, mas os resultados são negativos e, logo depois, as tropas soviéticas invadem o Afeganistão com mais de cem mil soldados motorizados e o auxílio de veículos e tanques blindados, além de uma artilharia pesada. Sem recursos, com seus equipamentos sabotados, a sede do governo sitiada, não resta outra alternativa senão a rendição dos afegãos, principalmente depois da morte de Amin. Este confronto dura nove anos, com o líder comunista sustentado pelos soviéticos, e os rebeldes afegãos, conhecidos como mujahidin, apoiados pelos Estados Unidos, Paquistão e outros países muçulmanos, mais um dado estratégico na Guerra Fria entre as duas potências mundiais. Neste mesmo momento histórico ocorriam também a Revolução do Irã e o confronto entre Irã e Iraque. Alguns estudiosos acreditam que a Guerra do Afeganistão foi um marco que deu início a conflitos não mais de ordem ideológica, mas sim de cunho cultural, ou seja, entre diferentes identidades culturais – de um lado a civilização islâmica, de outro, a ocidental -, porém não se pode esquecer a preponderância dos interesses econômicos que hoje regem o mundo globalizado. A União Soviética principiou sua saída do país invadido no dia 15 de maio de 1988, completando a retirada em 15 de fevereiro de 1989. Muitos acreditam que a potência soviética teve prejuízos tão sérios com essa aventura, comparada a dos Estados Unidos no Vietnã, que acabaram por repercutir, em 1991, na queda da União Soviética.
A história do Afeganistão, porém, é bem mais complexa, e esse é apenas o início de uma longa e sangrenta guerra civil, que cobra tributos muito altos até os nossos dias. A derrota dos comunistas, porém, é neste instante uma vitória fundamental para os ortodoxos fundamentalistas e seus aliados islâmicos. Tanto quanto o auxílio militar e financeiro norte-americano, os afegãos receberam uma sustentação valiosa de países como a Arábia Saudita, que investiu até mais do que os Estados Unidos nesta região. Muitos soldados islâmicos de outros países entraram no Afeganistão, através do Paquistão, para lutar contra os soviéticos. Aliás, esta nação foi intermediária no repasse dos recursos ianques para o país invadido, pois acima de tudo os adeptos do Islamismo são contra os ocidentais, mais até do que anti-comunistas. Para melhor compreender a instabilidade desta área, é necessário perceber o caldeirão de etnias e línguas distintas que compõe o Afeganistão – convivem lado a lado pachtuns, grupo predominante no país, tadjiques, hazaras, os aimak, uzbeques, turcomenos e outros.
Em 1979, uma Revolução Islâmica triunfou no Irã, logo ao lado do Afeganistão. Estava aberto o precedente para um feito semelhante neste país, ainda mais quando ele se encontra acuado por tropas comunistas de um lado, e pressente do outro o perigo do domínio norte-americano, que já contagiava dois redutos importantes da região, Israel e Egito, e tudo fazia para seduzir a Arábia Saudita. É fácil perceber que, com a saída da União Soviética, grupos fundamentalistas, fortalecidos tecnológica e moralmente pelo apoio financeiro-militar recebido dos Estados Unidos e de países vizinhos, sustentados pelo resgate da sua auto-estima e por uma elevada tecnologia militar ao alcance das mãos – herança do confronto com os comunistas –, providos de um aparato ideológico pretensamente justificado pelo Islamismo, os afegãos estavam prontos para a Jihad, a Guerra Santa. Ironicamente este contexto se voltaria, futuramente, contra os maiores fomentadores destas circunstâncias, os Estados Unidos.
Após a retirada dos soviéticos, que abandonam o aliado marxista à própria sorte, os mujahidin entram em confronto com o governo comunista do então Presidente Mohammed Nadjibullah. Vitoriosos, eles substituem o comunismo do deposto Brabak Karmal por um regime muçulmano ultraconservador, o Talibã, contra o qual os norte-americanos, posteriormente, entrarão em conflito, gerando em 2001 uma nova Guerra nesta região do Oriente Médio, em conseqüência de um suposto apoio deste governo ao terrorista Osama Bin Laden, líder da Al-Qaeda.
Fontes http://www.militarypower.com.br/frame4-warAfegan.htm http://www.eco.ufrj.br/pet/publicacoes/polygraphias/polygraphia2/resumo_cap_10.htm

FONTE: http://www.infoescola.com/historia/guerra-do-afeganistao-1979/ 





  OUTRAS INFORMAÇÕES IMPORTANTES


O Afeganistão é um país asiático, que pertence à região geográfica próximo ao Oriente Médio, cuja capital é Cabul. Faz fronteira, entre outros, com o Paquistão e o Iran. É um país com uma instabilidade política histórica, nos últimos dois séculos, tem sofrido muito com os tratados que usaram de trunfo geográfico durante a Guerra Fria, como pela invasão soviética desta mesma guerra fria, a "guerra santa" na Arábia Saudita e mais recentemente a Guerra do Afeganistão ou invasão molitar por parte dos E.U.

Vale ressaltar que durante a Guerra Fria entre os E.U. e a União Soviética, toda a região foi severamente castigada e levada a assinar acordos de ambos os lados, um acordo com os E.U. baseou-se que o Exército afegão, juntamente com a CIA deveria recrutar combatentes islâmicos extremistas que ajudassem os EEUU a lutar contra a URSS. Um desses senhores da guerra islâmicos, o mais influente e importante, era Osama bin Laden, um milionário saudita, que estudou na Inglaterra e foi financiado e doutrinado pela CIA.

Este país sempre cercado e imerso em conflito foi apelidado por alguns meios de comunicação como a BBC como "o campo de batalha da Ásia", e que nos dá uma perspectiva bastante representativa da sua situação infeliz.

Afegãos são em sua maioria muçulmanos, mas também convivem com sunitas, xiitas, budistas, hindus e judaístas.

Desde 1996, quando foram invadidos pelo regime Talibã, e até sua ocupação militar E.U. (2001), as suas leis sociais e religiosas foram baseadas na Sharia, que é a base fundamental, a lei "do Taliban. Sharia é o código de direito islâmico, que hospeda várias regiões islâmicas, em parte do Afeganistão.

Na verdade, a partir de 2001, a ONU forçou a introdução de um novo governo afegão, cujo presidente é Hamid Karzai, e após 2 eleições continua a presidir o país, tenta conciliar os diferentes grupos étnicos e religiões, a pobreza, os guerrilheiros islâmicos extremistas e do conflito com E.U., entre outros problemas.

Al Qaeda

É uma organização militar islâmica, supostamente fundada e dirigida por Osama Bin Laden, considerada a mais perigosa e perseguida organização terrorista da atualidade. Sua organização interna baseia-se em "células" e uma rede de cooperação que se estende em todo o mundo. Sua intenção inicial é montar, treinar e mobilizar todos os muçulmanos para a "resistência islâmica" e a defesa da lei islâmica. São atribuídos muitos atentados entre os quais o de 11 Setembro em Nova York, o M11, em Madrid, ou os atentados de 2005 em Londres e, mais recentemente, a tentativa de seqüestro de um avião americano com destino a Detroit, para a libertação de prisioneiros em Guantánamo.
 

 





















terça-feira, 22 de outubro de 2013

A qUESTÃO DA CHECHÊNIA







A Chechênia (Noxçiyn, em checheno; Chechênia é na verdade a versão russa para o nome da área) é uma das repúblicas que atualmente compõem a Federação Russa (num total de vinte e uma). O status de república é o maior nível de autonomia possível, garantidas às etnias que não são russas, que adquirem o direito de promover sua própria língua como oficial em todo seu território, manter bandeira e símbolos locais, além de estabelecer constituição própria.
Mesmo com tamanha autonomia, a Chechênia é certamente o caso mais famoso de luta separatista na Rússia desde o colapso da União Soviética em 1991. Localizada no norte do Cáucaso, região plena de movimentos separatistas, a República da Chechênia divide limites com a Ingushétia e Ossétia do Norte a oeste; o Krai de Stavropol a norte; o Daguestão a norte e a leste, e a República da Geórgia ao sul. Desses territórios, todos pertencem à Rússia, com exceção da Geórgia, que constitui um país independente.
Com uma área total de 17.300 km² (equivalente ao estado brasileiro de Sergipe), sua capital é Grozny e as línguas oficiais são o checheno e o russo. O governante é Ramzan Kadyrov, e a religião predominante é o islã da linha sunita, seguida por 94% da população.
A Chechênia causa dores de cabeça aos russos há quase dois séculos. A resistência de Imam Shamil foi finalmente vencida em 1859, depois de uma campanha longa e sangrenta. Seu povo ainda esperaria por mais de 60 anos pela independência, de curta duração, em meio ao caos da revolução de outubro. Em 1922 a república voltava ao domínio russo.
Durante a Segunda Guerra Mundial, a invasão nazista representou um vislumbre de liberdade do domínio de Moscou. Quando a guerra terminou, Stalin buscou vingança, acusando os líderes chechenos de colaboracionistas. Sua punição foi a deportação em massa para a Sibéria e Ásia Central. Eles foram autorizados a retornar somente em 1957, quando Khrushchev estava no poder no Kremlin.
Após o fim da União Soviética, os separatistas locais já lutaram em duas ocasiões diferentes pela emancipação desta república, em episódios conhecidos como a Primeira e a Segunda Guerra da Chechênia. A primeira ocorre entre 1994 e 1996, quando Boris Yeltsin, presidente russo à época, resolve finalmente enviar tropas para restaurar a soberania russa na área, já que forças locais tinham declarado independência em 1991. Seu desfecho é uma humilhante derrota para o lado russo, que retira suas forças em meio a altas baixas, sendo ainda forçado a celebrar um acordo de paz.
Em 1999 o primeiro-ministro Valdimir Putin organiza nova ofensiva contra os separatistas chechenos, após uma série de atentados a alvos civis desencadeados pouco tempo antes em Moscou. Ao mesmo tempo, os chechenos tentavam duplicar seu movimento no Daguestão, outra república russa vizinha à Chechênia, buscando formar um estado islâmico independente na área das duas repúblicas.
Em resposta, a Rússia dá início à Segunda Guerra da Chechênia, e dessa vez age de forma rápida e decisiva, abafando os focos rebeldes. Desde então, ambos os lados abusam de táticas violentas que desrespeitam os mais básicos direitos humanos. Ações espetaculares de violência gratuita, atingindo mulheres, crianças e idosos em ambos os lados se repetem ano após ano, em meio a um clima permanente de tensão que ronda a área até hoje, pois a questão da Chechênia não foi ainda bem resolvida e seus principais atores não parecem interessados em solucionar a questão por meio do diálogo.
Bibliografia:
SHAH, Anup. Crisis in Chechnya(em inglês). Disponível em <http://www.globalissues.org/article/100/crisis-in-chechnya>. Acesso em: 16 abr. 2012.
Regions and territories: Chechnya(em inglês). Disponível em <http://news.bbc.co.uk/2/hi/europe/country_profiles/2565049.stm>. Acesso em: 16 abr. 2012.
Entenda o conflito na Chechênia. Disponível em <http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI376387-EI294,00-Entenda+o+conflito+na+Chechenia.html>. Acesso em: 16 abr. 2012.

FONTE: http://www.infoescola.com/europa/chechenia/

O CONFLITO NO CÁUCASO

Entenda o conflito do Cáucaso

 

 


A Ossétia do Sul é um território 1,5 vez o de Luxemburgo, com uma população estimada em 70 mil pessoas.

Legalmente ela é parte da Geórgia, pois sua auto-proclamada independência não foi reconhecida por nenhum outro país, inclusive pela Rússia.

A Ossétia do Sul, palco hoje de confrontos entre tropas separatistas e georgianas, é um território no sul do Cáucaso que oficialmente faz parte da Geórgia e limita ao norte com a Ossétia do Norte, república pertencente à Federação Russa. Depois da queda da União Soviética, em 1991, a Geórgia votou pela restauração da independência que havia brevemente experimentado durante a Revolução Bolchevique.

No entanto, a postura nacionalista refletiu em problemas com a região norte da fronteira da Geórgia, habitada pelos ossetas - um grupo étnico distinto natural das planícies russas, ao sul do rio Don.

A Ossétia do Sul fica do lado georgiano da fronteira, enquanto a Ossétia do Norte fica em território russo. Apesar disso, os laços entre as duas regiões permaneceram fortes e o movimento pela independência osseta foi estimulado pelas dificuldades enfrentadas na época dos czares, no período comunista até atualmente.

Quando a Geórgia se separou da União Soviética, o governo nacionalista proibiu o partido político da Ossétia do Sul, o que levou os ossetas a boicotarem a política georgiana e realizarem suas próprias eleições - pleito que foi considerado ilegal pela Geórgia. Os conflitos entre os separatistas e as forças georgianas começaram nesta época, mas o Exército da Geórgia não exterminou os rebeldes ossetas por medo de uma intervenção russa.

A Ossétia do Sul proclamou sua independência em 1992, mas sua autonomia não foi reconhecida pela comunidade internacional. A região quer ser agregada à Federação Russa, assim como a Ossétia do Norte. A situação está frágil desde 1990 e se agravou ainda mais há quatro anos, quando os georgianos começaram a realizar operações policiais e de combate ao contrabando na região.

As autoridades da Ossétia do Sul convocaram para 2006 um plebiscito de independência. Tbilisi não reconheceu a validade da consulta popular, embora 99% da população local tenha votado a favor da independência.

Duas semanas depois de o Kosovo ter declarado de forma unilateral sua independência, o Parlamento da Ossétia do Sul pediu à ONU, à União Européia (UE), à pós-soviética Comunidade dos Estados Independentes (CEI) e à Rússia que reconhecessem sua independência.

Rússia X Geórgia

A tensões entre os dois países começaram antes mesmo do colapso da União Soviética, quando o nacionalismo na Geórgia começou a se tornar uma poderosa força política. Houve um momento crucial em abril de 1989, quando os militares soviéticos usaram a força para reprimir manifestações pró-independência, matando 19 pessoas. Desde então, Moscou - seja como capital da União Soviética ou da Rússia - tem sido vista por muitos georgianos como inimiga da independência da Geórgia.

A Rússia tem sido muito crítica de "revoluções" populares como a da Geórgia, que foi bem-sucedida graças ao apoio que os ativistas receberam do Ocidente. Quaisquer que sejam as diferenças entre os dois países, a Rússia abriga uma comunidade de pelo menos 1 milhão de georgianos, e muitas famílias na Geórgia, uma nação com 5 milhões de habitantes, dependem do dinheiro que os parentes enviam para casa.

Durante o conflito na região separatista da Abkhásia, que começou em 1992, ano seguinte à independência da Geórgia, foram divulgados vários relatos confiáveis de que as forças russas ajudaram os separatistas. No entanto, é mais provável que esta política tenha sido coordenada por comandantes militares em terreno do que pelo Kremlin.

Muitos georgianos suspeitam que os pacifistas russos enviados à Abkhásia e à outra região separatista da Geórgia, a Ossétia do Sul, são ferramentas para preservar a influência russa na região. Mas, se eles parecem ameaçadores para os georgianos, da perspectiva dos habitantes da Abecásia e da Ossétia do Sul, eles são uma garantia essencial contra uma possível agressão por parte da Geórgia.

Os georgianos culpam o ex-chefe de segurança da Geórgia Igor Giorgadze por pelo menos duas tentativas de assassinato contra o ex-presidente Eduard Shevardnadze (1992-2003). Giorgadze foi para a Rússia em meados da década de 1990 e fundou um partido político georgiano pró-Rússia em 2003. Vários militantes do partido foram presos em setembro de 2006, acusados de planejar um golpe contra o presidente Mikhail Saakashvili.Quando um oleoduto que levava gás russo à Geórgia explodiu em janeiro de 2006, o presidente Saakashvili acusou a Rússia de "sabotagem". A Rússia classificou essa acusação de "histeria".

A Geórgia sempre manteve a Rússia à distância. Por outro lado, também cortejava a Otan, os Estados Unidos e outras potências ocidentais. Os georgeanos foram um dos fundadores do grupo des países GUAM (Geórgia, Ucrânia, Azerbaijão e Moldávia), criado como parte dos esforços para contrapor a influência da Rússia na região. Também participaram dos esforços apoiados pelo ocidente para criar um "corredor" de energia do Cáucaso ao Mar Cáspio, contornando o território russo.

A Rússia acusou algumas vezes a Geórgia de apoiar os rebeldes chechenos, e sabe-se que os rebeldes recebiam suprimentos e reforços pelo território da Geórgia. Sabe-se também que os rebeldes se refugiaram no desfiladeiro de Pankisi, do lado georgiano da fronteira, onde há uma comunidade étnica chechena.

O auge das tensões foi em 2002, com a Rússia ameaçando lançar ataques contra os rebeldes. A Geórgia, então, tomou medidas para estabelecer a ordem em Pankisi e concordou em unir as patrulhas da fronteira. O Exército russo continua a conduzir operações contra os rebeldes chechenos, incluindo ataques aéreos na região montanhosa da fronteira, e o governo de Moscou ainda é freqüentemente acusado de violar o espaço aéreo georgiano.

CONFLITO NA OSSÉTIA DO SUL EXPÕE JOGO DE PODER ENTRE RÚSSIA E GEÓRGIA

O presidente da Geórgia, Mikhail Saakashvili, pediu ao seu país para se "mobilizar" diante de "uma agressão russa muito direta".

O ministro do Exterior da Rússia, Sergei Lavrov, disse que Moscou tem notícia de "limpeza étnica" em vilarejos.

Tanques russos teriam entrado na capital da região, que tem sido alvo de pesado bombardeio pelas forças da Geórgia.

Seu povo e seus líderes separatistas não querem ser parte do Estado georgiano em nenhuma capacidade.

Eles querem reconhecimento internacional como um Estado independente ou unir-se aos integrantes de sua etnia que vivem do outro lado da fronteira, na região russa da Ossétia do Norte.

A Rússia diz que seu papel desde o fim da guerra na Ossétia do Sul, em 1992, tem sido o de manter a paz.

Conflito 'cristalizado'

Mas, os russos apoiaram o regime separatista em termos militares e financeiros, e há notícias de que possuem um número considerável de agentes de inteligência e de segurança na região.

A Geórgia também alega que mercenários russos estão ativos na Ossétia do Sul.

O estado de 'cristalização' do conflito na Ossétia do Sul, assim como o da outra região separatista georgiana, a Abkházia, permitiu à Rússia preservar um instrumento vital de influência sobre seu vizinho do sul, um país que hoje vê como indócil, ou mesmo hostil.

Há, claro, um processo de paz internacional, mas anos de trabalho mal começaram a aproximar Geórgia e Ossétia do Sul. Suas posições continuam fundamentalmente irreconciliáveis.

Há ainda claras divisões entre Rússia e o Ocidente na forma de lidar com as tensões imediatas.

Uma declaração do Conselho de Segurança das Nações Unidas esboçada pela Rússia pedindo que ambas - a Geórgia e a Ossétia do Sul - renunciem ao uso de força não conseguiu apoio britânico e americano.

A Rússia entregou à maioria dos habitantes da Ossétia do Sul passaportes russos, justificando potencialmente intervenção direta (com base na proteção de "seus próprios" cidadãos).

O recente aumento da tensão militar efetivamente deu à Rússia um pretexto mais sólido para intervenção.

O envolvimento militar pode acarretar o risco de grandes baixas e condenação internacional, mas a alternativa de reconhecer unilateralmente a independência de Ossétia do Sul e Abkházia pode levar a um conflito ainda mais amplo.

Otan

Falando na TV nacional da Geórgia, Saakashvili retratou suas ações como as do líder de uma nação democrática, amante da liberdade, defendendo-se de inimigos externos.

Embora ele tenha muitos simpatizantes influentes no Ocidente, também há os que duvidam de suas credenciais democráticas pessoais. Ou suspeitam que ele possa agora estar cometendo exageros em uma aventura militar na Ossétia do Sul.

Moscou, por sua vez, quer um fim na tentativa da Geórgia de integrar a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan, a aliança de defesa ocidental).

Há pouco, o ministro russo do Exterior, Sergei Lavrov, em um longo ensaio sobre a posição da Rússia no mundo, insistiu que a Otan deve ser suplantada como o principal fiador da segurança européia.

Nesta vertente de suspeita em relação à Otan e ao Ocidente, uma outra corrente de pensamento acredita que Mikhael Saakashvili na verdade está tentando arrastar a Otan para uma intervenção na disputa de seu país com Moscou.

Saakashvili já tentou propagar a idéia de sua integração à Otan como um fato, não uma possibilidade no longo-prazo. Então, daqui por diante, parece inconcebível que a Otan se envolva.

O "fator Kosovo" tem importância aqui.

Mesmo antes de a província sérvia ter declarado independência unilateralmente, havia uma idéia nos meios políticos e diplomáticos russos de que o reconhecimento russo da independência da Ossétia do Sul e da Abkházia seriam moralmente e politicamente justificáveis.

Isto se tornou muito mais forte porque muitos países ocidentais ignoraram as fortes objeções russas e reconheceram a independência de Kosovo.
Fontes: BBC Brasil | Jornal O Estado de S. Paulo
fONTE: http://www.passeiweb.com/saiba_mais/atualidades/1218326468

QUESTÃO BASCA


ETA, ações terroristas pela independência dos bascos.




 






O surgimento de uma nação, em tese, envolve a definição de um território onde um grupo de pessoas dotado de um conjunto mínimo de características culturais e históricas consolidam certo sentimento de unidade entre si. No entanto, vemos que em diversos casos específicos, uma mesma nação pode agrupar grupos étnicos, culturais ou religiosos que não partilham dessa mesma sensação de pertencimento. Em geral, os grupos alheios à nação sofrem casos de discriminação ou, em outros casos, formam um movimento de independência.

Na região ibérica, a questão do povo basco exemplifica esse tipo de inadequação de um povo frente um determinado Estado Nacional. Os bascos, encravados na fronteira entre a Espanha e a França, correspondem a um povo dotado de uma cultura e língua própria. Estabelecendo um movimento nacionalista desde o século XIX, os bascos começaram organizar um movimento de emancipação durante a ditadura militar do general espanhol Francisco Franco (1939 – 1975). Durante o governo de Franco os nacionalistas bascos sofreram forte opressão, sendo proibidos de expressar qualquer traço de sua cultura.

Mediante tamanha opressão surgiu, em 1959, um movimento em prol da libertação do povo basco chamado Euskadi Ta Askatasuna (“Pátria Basca e Liberdade”), mais conhecido como ETA. Inicialmente buscando lutar contra a ditadura de Franco, o ETA foi desde sempre influenciado pelo socialismo. Com a queda do regime ditatorial, algumas conquistas políticas foram concedidas ao povo basco. No ano de 1979, o Tratado de Guernica concedeu algumas liberdades administrativas ao povo basco.

Essa primeira ação rumo à autonomia basca freou alguns setores do movimento, que se fragmentou em diferentes partidos políticos. No entanto, as alas mais radicais, mantiveram vivo o movimento e fundaram um partido político próprio: o Partido Batasuna. Agindo por meio de atentados terroristas o ETA volta e meia criava forte tensão dentro da Espanha. Ao longo de sua história, o ETA conseguiu a libertação de alguns de seus integrantes e assassinou cerca de trinta personalidades políticas.

Na década de 1990, diversos de seus líderes foram capturados pelas autoridades, o que acabou reduzindo o grupo a cerca de 200 integrantes. Mesmo assim, em 1999, alguns atentados fizeram do grupo uma ameaça à estabilidade naquela região. Em resposta, autoridades da França e da Espanha uniram-se contra os terroristas do ETA. No ano de 2003, o poder judiciário espanhol decretou a ilegalidade do Partido Batasuna.

Em 2004, as novas eleições na Espanha e um grande atentado colocaram o ETA e a Questão Basca mais uma vez em evidência. Após a explosão de vários trens no dia 11 de março, o candidato conservador e então primeiro-mininstro José Maria Aznar responsabilizou o ETA pela autoria dos atentados. No entanto, logo em seguida, documentos comprovaram que as explosões eram de responsabilidade da Al Qaeda. Notando que Aznar utilizou dos atentados buscando promover sua candidatura, a população espanhola deu a vitória ao candidato socialista José Luís Zapatero.

Zapatero, que desde sua campanha se mostrou aberto ao diálogo com os bascos, tenta hoje amenizar a possibilidade de novos atos de terrorismo por meio da revitalização do ETA. Em 2006, o lideres do ETA anunciaram o fim da atuação terrorista do movimento. No início de 2007, o movimento voltou atrás e anunciou o fim do cessar fogo e o rompimento com o governo de Zapatero. Sem uma definição final ou a criação de um Estado Independente, a questão basca assinala um foco de tensão que, vez ou outra chama a atenção dos noticiários internacionais.

Por Rainer Sousa
Graduado em História
Equipe Brasil Escola

FONTE: http://www.brasilescola.com/historiag/basca.htm

A QUESTÃO DA IUGOSLÁVIA

A crise da Iugoslávia
RTP Notícias (Portugal) | Profª Vera Lúcia da Costa Antunes

A Iugoslávia surgiu com a união de três povos em 1918: eslovenos, croatas e sérvios. Passou a usar esse nome a partir de 1929. Durante a Segunda Guerra Mundial, esteve invadida pela Alemanha, mas os guerrilheiros resistentes os expulsaram em 1944, e, em 1945, o país se torna socialista.

Para aplacar o nacionalismo latente entre as diversas etnias da Iugoslávia, Josip Broz Tito dividiu o país em seis repúblicas federadas (Eslovênia, Croácia, Bósnia-Herzegovina, Sérvia, Montenegro e Macedônia), mas com predomínio sérvio do governo federal. As regiões de Kosovo (com 90% de albanases) e da Voivódina (com 66% de húngaros) permaneceram integradas à Sérvia, mas a partir de 1974 suas etnias ganharam uma considerável autonomia.

Nos anos que se seguiram à guerra, o governo socialista do Marechal Tito se caracterizou por certo distanciamento de Moscou (não participava do Comecom ou do Pacto de Varsóvia) e pela criação de um governo rotativo colegiado, em que representantes de cada república se revezavam no poder.

A DESINTEGRAÇÃO DA IUGOSLÁVIA

A morte de Tito criou um vazio de poder na Iugoslávia. Os nacionalismos voltaram a se manifestar, evoluindo rapidamente para o separatismo. A crise econômica que devastou os países socialistas na década de 1980 contribuíram para agravar a situação. Os sérvios, sob a liderança de Slobodan Milosevic (que assumiu o poder em 1987, através de um golpe de Estado), tentaram a todo custo manter uma união que os beneficiava; e, em 1989, Milosevic revogou a autonomia que Tito concedera aos albaneses de Kosovo e aos húngaros da Voivódina. Estes últimos não reagiram, mas em Kosovo as manifestações de protesto foram reprimidas duramente pela polícia e exército sérvios.

Com o desmoronamento da URSS e do bloco socialista em 1989/1991, a Liga dos Comunistas da Iugoslávia (Partido Comunista) foi substituída pelo Partido Socialista Sérvio, controlado por Slobodan Milosevic.

Algumas repúblicas, como a Eslovênia e a Croácia, passaram a almejar sua independência. Motivo: apesar da população pequena, essas duas repúblicas respondiam por grande parte das exportações do país.

O DESMEMBRAMENTO DA ANTIGA IUGOSLÁVIA (1991/1992)



Em 1991, a Eslovênia, a Croácia e a Macedônia proclamaram sua independência; em 1992, a Bósnia-Herzegovina fez o mesmo. A ONU reconheceu os novos Estados e a Iugoslávia viu-se reduzida à união entre Sérvia (que inclui Kosovo e a Voivódina) e Montenegro. Essa nova Iugoslávia foi reestruturada em 1992, formando uma federação em que Montenegro possuia um governo quase independente, no qual a Sérvia não tinha o direito de intervir. Na prática, portanto, a nova Iugoslávia correspondia basicamente à Sérvia, já que Montenegro levava uma vida mais ou menos à parte e seus habitantes constituiam menos de 8% da população total da Iugoslávia.
Área (km2) Pop. (Hab.)
Eslovênia 20.251 2.000.000
Croácia 50.358 4.701.000
Bósnia-Herzegovina 51.129 4.124.000
Sérvia 55.968 6.695.000
Montenegro 13.812    684.000
Macedônia 25.713 2.000.000
Kosovo 10.887 1.584.000
Voivódina 21.506 2.035.000


A GUERRA DA BÓSNIA

Na Bósnia-Herzegovina, onde os sérvios formavam 31% da população, houve uma guerra terrível entre 1992 e 1995. Os sérvios locais, comandados por ex-oficiais do exército iugoslavo, organizaram-se em poderosas milícias, equipadas com armamento fornecido pela Iugoslávia, e deram início a uma ação de "limpeza étnica", expulsando os moradores bósnios e também croatas (11% da população da Bósnia). As violências praticadas contra os bósnios foram particularmente atrozes, com dezenas de milhares de estrupos e outros tantos fuzilamentos de civis.

PRINCIPAIS PONTOS DO ACORDO

A Bósnia permaneceria um único país dentro das fronteiras atuais, mas dividido entre uma federação muçulmano-croata (com 51% do território) em uma república sérvia (com 49%).
Haveria um governo central, com presidente e Parlamento nacional. A moeda seria única.
Acusados de crimes de guerra ficariam de fora nas eleições de 1996.
Os refugiados, cerca de 2 milhões de pessoas, poderiam voltar para casa.
Força internacional com 60.000 soldados supervisionaria o acordo.
Sarajevo não seria dividida.
Uma faixa de 5 quilômetros de largura - o Corredor de Posavina - ligaria áreas sérvias.
Um corredor ligaria o enclave muçulmano de Gorazde com a Federação Muçulmano-Croata.

A ONU interveio na Bósnia com uma "força de paz" que se mostrou incapaz de conter as agressões dos sérvios. A OTAN enviou algumas tropas em 1995, mas sua atuação efetiva limitou-se à realização de alguns bombardeios aéreos contra alvos sérvios na Bósnia.

O fator decisivo para pôr fim ao conflito foi o embargo comercial imposto pela Assembléia Geral da ONU à Iugoslávia desde 1992. O agravamento da crise econômica fez com que o presidente iugoslavo Milosevic interrompesse os fornecimentos aos sérvios da Bósnia. Estes, sentindo-se enfraquecidos, aceitaram negociações intermediadas pelo presidente norte-americano Bill Clinton. Finalmente, em dezembro de 1995, um acordo de paz assinado em Dayton, nos Estados Unidos, transformou a Bósnia-Herzegovina em um Estado estruturalmente semelhante à atual Iugoslávia: 51% do território formam uma Federação Muçulmano-Croata e os 49% restantes constituem a República Sérvia da Bósnia - ambas com enorme autonomia, embora teoricamente subordinadas ao governo federal.

O CONFLITO DE KOSOVO

O regime sérvio endureceu nos anos posteriores. Milosevic fez do nacionalismo sua bandeira e, com isso, conseguiu reduzir consideravelmente a oposição interna. De qualquer forma, as eleições que se tinha realizado foram manipuladas pelo governo.

Em 1997, a Albânia sofreu uma crise financeira muito séria que, entre outras conseqüências, provocou a queda do governo e a abertura do país aos contatos com o exterior. A partir de então, os kosovares (albaneses que habitam Kosovo) puderam receber armas através da fronteira albanesa, o que lhes permitiu pôr em operação um Exército de Libertação de Kosovo, com o objetivo de emancipar a região e, depois, provavelmente anexá-la à Albânia.

A Sérvia reagiu com violência, utilizando forças policiais e militares. Os guerrilheiros separatistas tentaram resistir, valendo-se do terreno parcialmente montanhoso e do apoio da população de etnia albanesa. Em face da resistência encontrada, as tropas sérvias passaram a empregar em Kosovo, os mesmos processos de "limpeza étnica" utilizados na Bósnia em 1992/95: incêndios, massacres, estrupos e expulsões em massa.

A brutalidade dos sérvios causou forte impacto na opinião pública européia. Alguns governos ocidentais, liderados pelo presidente Clinton, decidiram intervir na questão, com pretextos humanitários. Mas a intransigência do presidente iugoslavo Milosevic fez fracassarem todas as tentativas pacíficas de conceder autonomia aos kosovares. Assim, em 24 de março de 1999, a OTAN decidiu atuar militarmente contra a Iugoslávia, realizando ataques com aviões bombardeios e mísseis disparados por navios estacionados no Mar Adriático.

Em resposta aos bombardeios da OTAN em Kosovo, a polícia e o exército sérvio desencadearam uma onda de violência sem precendentes, incendiando aldeias, cometendo assassínios em massa e expulsando de suas casas mais de meio milhão de pessoas. Os refugiados procuraram abrigo nos países vizinhos, especialmente na Albânia e na Macedônia, onde a maioria foi instalada em campos montados pelo ACNUR (Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados) e por organizações humanitárias internacionais.

A alegação da OTAN de que sua intervenção tem por único objetivo proteger os kosovares aparentemente necessitava de consistência. Outros motivos podem ser aduzidos, a saber: o interesse do presidente Clinton em melhorar sua imagem; a necessidade de os Estados Unidos reafirmarem sua condição de potência hegemônica, com liderança inclusive nos assuntos europeus; o desejo da OTAN de justificar sua continuidade após o término da Guerra Fria; a conveniência, para os países do Primeiro Mundo, de derrubar Milosevic - um ditador xenófobo, de origem comunista, que poderia servir de referencial aos nostálgicos do socialismo no Leste Europeu. E, por último, mas não de menor importância, as bilionárias vantagens que o complexo industrial-militar podia extrair do conflito, através de verbas para as forças armadas e contratos de armamentos, desde que se provasse sua importância num mundo em que as grandes potências ainda estavam longe de impor a paz.

Kosovo permaneceu sob controle internacional

Embora ainda pertencesse formalmente à Sérvia e Montenegro, a província de Kosovo tornou-se um protetorado internacional após o acordo de paz tratado em junho de 1999. Uma força de paz estrangeira, a Kfor, assumiu o controle militar. A administração da província estava a cargo de uma missão da ONU, a Unmik, que tinha a tarefa de reduzir a tensão entre sérvios e albaneses étnicos, garantir o retorno dos refugiados e propiciar um clima favorável à restauração das instituições democráticas.

Apesar da crescente pressão interna pela definição do status político de Kosovo, as discussões sobre o futuro da região não avançaramm. Enquanto Belgrado reivindicava a retomada da soberania plena sobre a área, os albaneses étnicos se dividiam em torno das propostas de autonomia ou independência.

Para a Unmik, os kosovares precisavam primeiro respeitar as normas internacionais de tolerância étnica e combater o contrabando antes de pretender a emancipação.

Em 2003, Iugoslávia deixou de existir

A Iugoslávia foi oficialmente enterrada em 2003. No lugar do que sobrou da federação, depois de uma década de guerras nos Balcãs, foi formada uma união frouxa entre a Sérvia e Montenegro. A Assembléia Federal iugoslava aprovou a Carta de fundação do novo país por maioria absoluta nas duas câmaras.

"Declaro a adoção da Carta da Sérvia e Montenegro", disse o presidente da Assembléia, Dragoljub Micunovic, numa histórica sessão conjunta das duas Casas, que votaram a abolição do velho país separadamente. A Carta entrou em vigor imediatamente.

A formação do novo país culminou em um ano de negociações entre a Sérvia, que sempre dominou a federação, e Montenegro, que também ameaçava se separar. O que aconteceu em 2006, com a secessão do Montenegro após referendo, dando origem aos estados de Sérvia (capital: Belgrado) e Montenegro (capital: Podgorica).

O povo de Montenegro votou pela saída do país da federação em 21 de maio de 2006. A vitória foi apertada, com 55,5% dos votos, apenas 0,5 ponto percentual a mais do necessário para a decisão do referendo e reconhecimento da independência por parte da União Européia.

Montenegro foi por quarenta anos um Estado independente, mas perdeu este estatuto em 1918, ano no qual passou a integrar o Reino dos Sérvios, Croatas e Eslovenos.

Essa não foi a única tentativa de separação. Em 1992, um referendo pedia a opinião da população, mas com 96% dos votos foi decidido que a união continuasse.

Com a independência, Sérvia torna-se então o sucessor legal da antiga federação, enquanto o Montenegro terá de se candidatar a membro da União Européia, ONU e outras instituições internacionais.

Dia 3 de junho de 2006, o Montenegro declarou a independência; dois dias depois a Sérvia declarou-a também, pondo fim ao estado sérvio-montenegrino.

A independência do Montenegro foi rapidamente reconhecida pela União Europeia, Estados Unidos, Rússia e numerosos outros países.
Fonte: http://www.passeiweb.com/na_ponta_lingua/sala_de_aula/geografia/geografia_geral/economia_europeia/geral_iugoslavia

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