sábado, 20 de outubro de 2012

Jovem é preso por ofender pelo Facebook criança de 5 anos assassinada



Matthew Woods, de 19 anos, foi preso por postar comentários ofensivos no Facebook. O jovem britânico escreveu mensagens abusivas sobre a pequena April Jones, de 5 anos, que foi sequestrada e assassinada recentemente. O garoto fez piadas tão maldosas que cerca de 50 pessoas foram à porta da casa dele, em Lancashire, na Inglaterra, para protestar.



April Jones, de 5 anos, que foi sequestrada e
assassinada (Foto: Reprodução)
A menina desapareceu no dia 1º de outubro, quando entrou em uma van perto de sua casa, em Machynlleth, no País de Gales. Ela sofria de paralisia cerebral e isso ajudou a comover pessoas de todo o Reino Unido. Pouco tempo depois, no fim da última semana, Mark Bridger, de 46 anos, foi identificado como o bandido responsável pelo crime e acabou sendo preso no último domingo (7/10).
Mas isso não acabou com a polêmica em torno do caso. Provavelmente irritado com a grande repercussão do assassinato da menina e dos compartilhamentos sobre a história nas redes sociais, Woods foi ao Facebook para desabafar. E passou dos limites. Tanto que a polícia foi até a sua casa, no último sábado (6/10), e o prendeu.
“Quem em sã consciência sequestraria uma garota ruiva?”, “Acho que comecei a maior discussão do Facebook na história. April Fools (Primeiro de Abril, em inglês, fazendo uma ironia com o sobrenome da menina), quem quer Maddie (outra criança desaparecida que ficou famosa na Europa há alguns anos)?” e “Acordei em uma van com duas meninas lindas, encontrei April em um estado sem esperança” foram algumas das mensagens que Woods publicou no seu Facebook. Algo inadmissível para o promotor Bill Hudson.
“As palavras e referências que ele usou para os casos do País de Gales e da menina desaparecida em Portugal são chocantes e não parecem de uma pessoa que pensa direito. Ele não pode se comunicar assim com a comunidade, causando medo e irritação. A razão para ele ser preso é de isso ter sido uma situação em que a sociedade foi ferida e merece uma punição severa por isso”, garantiu, em entrevista à rede de televisão "BBC".
No julgamento, o garoto admitiu ter feito as ofensas e recebeu uma pena de 12 semanas na cadeia. Os advogados afirmaram que o garoto sentiu muito remorso, mas isso não o livrou de passar os próximos três meses na prisão.
Fonte: http://www.techtudo.com.br/noticias/noticia/2012/10/jovem-e-preso-por-ofender-pelo-facebook-crianca-de-5-anos-assassinada.html

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

O Imperialismo Estadunidense e a América Latina


A "guerra contra o narcotráfico" promovida pelos EUA tem um aspecto econômico, político e militar. O aspecto econômico busca impedir que surja uma forte burguesia nos países semi-coloniais apoiada neste grande negócio, já que isto permitiria o controle de um negócio mundial que alcança cifras em torno de trilhões de dólares. Daí sua política de repressão seletiva, que ataca os pequenos produtores, com a destruição das plantações de coca na Bolívia, Peru e Colômbia e com os consumidores, sem atacar os grandes atravessadores que são os que detém o maiores no processo, principalmente as máfias americanas e os grandes bancos que recolhem o grosso dos lucros do narcotráfico.

É uma repressão seletiva porque busca destruir os grandes cartéis somente quando estes assumem proporções gigantescas, como os cartéis de Cali e Medellín que estavam constituindo grandes oligopólios mundiais por fora do controle americano. Por isso, foram desbaratados e em seu lugar surgiram dezenas de cartéis que continuam o trabalho inclusive produzindo e distribuindo mais cocaína que os dois cartéis juntos. A burguesia destes países produtores (Colômbia, Peru e Bolívia) se dividem alinhado-se ou não com o imperialismo americano pelo controle e pela apropriação da maior quantidade de lucro que gera para incluir no circuito "legal" do capitalismo.

Desta forma, o imperialismo, acossado pela crise econômica, busca controlar todos os ramos econômicos dos países semi-coloniais (vide privatizações e abertura dos mercados) e a "guerra contra o narcotráfico" é somente a cobertura para uma luta sem quartel para controlar e garantir que os volumosos lucros desta grande indústria seja açambarcado por suas empresas, bancos, e por setores aliados nos países atrasados e não potencialize o surgimento de uma forte burguesia lúmpen que rivalize com o imperialismo ou mesmo possa enfrentá-los ainda que circunstancialmente.

Ademais, desbaratando os grandes cartéis, utiliza o dito "dividir para reinar", já que pode infiltrar agentes da DEA e da CIA, informantes e pilantras da pior espécie dentro das organizações mantendo, perfeitamente, um controle sobre todo o negócio e "explodindo" os setores que não estão totalmente "sob controle". Para isso contam com a ajuda da subserviente burguesia latino-americana mais realista que o rei e totalmente subordinada aos interesses do Império do Norte.

É do conhecimento de todos os escândalos que relacionam os americanos em tráfico de drogas. Por exemplo, a esposa do coronel Hiett, o chefe dos militares destacados para seguir na Colômbia o combate às drogas foi detida por traficar cocaína usando os canais diplomáticos. O comércio é tão gigantesco que uma rede dentro da American Airlines, usava as facilidades de acesso a aeroportos para oferecer cocaína nas maiores capitais do Tio Sam.

Porém, estes dois exemplos são só a expressão de uma vasta rede clandestina montada pela CIA, DEA e outros órgãos de inteligência americana. Em janeiro de 1980 apareceu morto um
banqueiro australiano, F. Nugan, co-proprietário de uma instituição (NUGAN HAND INC) com sucursais nos 5 continentes. As atividades da Nugan: negócios com pessoas com conexões provadas com drogas; intensa atividade bancária na Florida ligada a narcóticos, tráfico de armas. Existem provas da conexão desta "empresa" com o FBI e a CIA. O quadro de acionistas e pessoas que tiveram relação com o banco vão desde Abe Saffron, personagem fundamental do crime organizado na Austrália, Terry Clarck, chefe do sindicato exportador de opiáceos chamado Mr. Ásia. Capos da Cosa Nostra americana que se conectavam com o Banco Nugan via Sir Peter Abeles, igualmente sir Peter Strasser, equivalente de Abeles ao nível de petróleos, Rupert Murdoch, Theodore Shackley, ex-diretor de operações clandestinas da CIA, Richard Secord, chefe de vendas de equipamento militar no Pentágono de 1978 a 1984, demitido depois de fraudar o exército americano em 8 milhões de dólares. Através de Oliver North - em nome do Conselho de Segurança Nacional, Secord foi encarregado de organizar a conexão Irã-Contras. Os administradores e conselheiros do banco eram na sua maioria militares de alta patente, ligados ao Conselho de Segurança Nacional dos EUA, chefes na guerra do Vietnã, ex-diretores da CIA.

Esta grande rede controlava o tráfico de heroína e venda de armas em acordos com os grandes cartéis, "sócios na luta contra o comunismo". Quando este banco vai à falência, surge imediatamente um substituto, o BCCI, que passa a ser parte desta rede clandestina e foi via ele que processou a negociata do escândalo Irã-Contras onde o governo financiou os contras nicaraguenses com a venda ilegal de armas ao Irã e com o tráfico de entorpecentes. O BCCI tinha uma rede secreta composta por 1.500 funcionários dedicados ao tráfico de armas, drogas e divisas, prostituição, seqüestros, assassinatos, etc.

Na verdade, o pretenso combate ao tráfico é a fachada para impor um controle econômico e político na região, já que sequer consegue efetivamente o que se propõe. O tráfico de drogas do Panamá aumentou após a intervenção imperialista contra Noriega. O governo do ex-presidente mexicano Carlos Salinas de Gortari, grande amigo dos EUA, tinha uma de suas bases de sustentação no tráfico e seu próprio irmão Raúl era uma das figuras centrais do contrabando e do tráfico.

Na Colômbia, os narcotraficantes mais poderosos apóiam os paramilitares e tiveram participação direta nas execuções de líderes sindicais, ativistas e jornalistas. Esses crimes permanecem impunes, com a conivência das mesmas FFAA que os EUA orientam e enchem de dólares.

O que preocupa o imperialismo é que os países exportadores de drogas se beneficiem economicamente. Por isso dirige seus ataques à periferia: as plantações, os centros de produção e principalmente a "lavagem de dólares" na América Latina. Porém, não combate estas atividades com a mesma intensidade e força em seu próprio território.

O imperialismo sabe, pela sua própria história, que o surgimento destes ramos "ilegais" é uma forma de acumulação primitiva do capital que pode permitir o surgimento de grandes capitais financeiros, como foi no seu tempo o tráfico de escravos, a colonização da América, os piratas a serviço da rainha da Inglaterra ou mesmo, mais recentemente, na década de vinte nos EUA, quando a proibição do álcool levou à formação de impérios clandestinos que depois transformaram-se em grandes negócios.
...recolonizar a América Latina

O aspecto político e militar da luta "contra o narcotráfico" é que a partir do final dos anos 80 o imperialismo norte americano utiliza o "perigo do narcotráfico" para assim justificar sua crescente intervenção nas forças de segurança dos países latino-americanos, como na Colômbia, Bolívia, Peru, Equador, Panamá, Brasil, Paraguai, México, etc.

Por trás dessa máscara se insinua a penetração de militares norte-americanos em toda América Latina, cuja ponta de lança para a intervenção começa na Colômbia, porém que está desenvolvendo seus tentáculos em todos os países da área. O Narcotráfico é utilizado para justificar intervenções abertas e descaradas, retrocedendo a formas coloniais que vai desde invasões, como foi o caso do Panamá, até treinamento de FFAA com "assessores" militares como na Colômbia, Bolívia, Peru, Paraguai, até ceder partes partes do território para que sejam patrulhados por ianques. O imperialismo norte-americano relocaliza dezenas de milhares de militares que estavam estacionados no Panamá, construindo bases e acordos militares com a maioria dos países da área, preparando-se para embates na luta contra a liberação nacional e os grandes enfrentamentos que estão por dar-se na área, como prenunciam Colômbia, Equador e outros.

África Subsaariana



Africa subsariana ou Subsaariana (continente africano ao sul do Deserto do Saara) é chamada também de Africa Negra (Maioria da população são de raça negra) e dos 780 milhões de habitantes 500 milhôes vivem na Africa Subsaariana. E tem por características:

# Palco de guerras civis e conflitos etno-religiosos.
# Fome, escravidão, prostituição infantil e a disseminação da AIDS.
# Lingüística é a mais diversificada (com 1000 línguas) e a menos conhecida.
# Piores indicadores sócio-econômicos do mundo.
# Aqui a média de vida é de 70 anos. Na Africa Negra raramente chegam aos 45, justificado pela: má nutrição, falta de assistência médica e ausência de saneamento básico nos meios rurais.
# A doença do sono ameaça mais de 60 milhões de pessoas em 36 países da África subsaariana.
# A malária em cada ano infecta 500 milhões de pessoas, estima-se que 90% dos casos mundiais ocorram na África subsaariana
# Desde que os primeiros casos da AIDS este é o continente que mais sofre com a doença.
# Marcada por governos autoritários e corruptos que não se preocuparam em melhorar as condições econômicas dos seus países. Nos últimos anos, no entanto, verifica-se uma tendência democratizadora em toda a região, com eleições multipartidárias realizadas regularmente.

A América Latina



A América Latina abrange o México/na América do Norte/ a América Central e a América do Sul.

Os países Latino-americanos estão bastante ligados entre si por laços semelhantes de cultura:

Línguas Faladas: Espanhol e Português;

Principal Religião: Catolicismo; (cristã)

Civilização: De origem européia, que se impôs aos motivos do Novo Continente.

Estes países formam uma grande família, que vai desde o México (na América do Norte), passa pela América Central e termina no Extremo Sul da América do Sul.


1.Características Gerais

A América Latina estende-se desde o México até a Terra do Fogo, no extremo sul da América. Totaliza aproximadamente 20,5 milhões de Km, ou seja, 13,7 % das Terras emersas do Globo, com uma população de 350 milhões de habitantes.

2. Paisagens Naturais

a)Norte: Serra Madre Ocidental, Planalto Mexicano.

b)Oeste: Cordilheira dos Andes.

c)Leste: Planalto das Guianas e Planalto Brasileiro.

d)Centro: Planície do Orenoco, Planície Amazônica, Planície Platina.

3.Hidrografia

Bacia do Orenoco, Bacia Amazônica, Bacia Platina.

4.CLIMA

A América Latina se situa na zona intertropical, predominaram os climas quentes, salvo no extremo sul (Argentina e Chile) e nas áreas montanhosas (Andes).

VEGETAÇÃO - Destacam-se as principais paisagens vegetais: Floresta Amazônica, Cerrado, Caatinga, Pampa ou Estepes e desertos (México, Atacama, Patagônia).

5.POPULAÇÃO

a) Elevado crescimento vegetativo, devido à alta motarlidade.

b) Predomínio de jovens, o que representa pesado encargo para os Estados Unidos.

c) Predomínio de mestiços e população rural.

d) Maiores concentrações demográficas: litoral brasileiro, estuário do Prata, Caracas, Santiago, Litoral do Pacífico de Bogotá a Lima, América Central.

e) Principais vazios demográficos estão no interior da América do Sul, como Amazônia e trechos acidentados dos Andes e Patagônia.

6.ECONOMIA

a) A agricultura é a base econômica latino-americana, principalmente da América Central, Equador, Colômbia.

b) A América Latina possui grandes riquezas do subsolo, destacando-se o Brasil, o México, e países Andinos.

c) O desenvolvimento industrial vem se fazendo lentamente e de maneira desigual entre os diversos países. Brasil, México, Argentina,Venezuela, Chile estão na vandaguarda industrial.

d) Os produtos agrícolas e minerais representam, em geral, mais de 90% do valor das exportações dos países latino-americanos. As importações são, principalmente, de produtos manufaturados.

BIODIVERSIDADE

A biodiversidade da América Latina é uma das maiores do mundo. Ela abriga:
- Sete dos países com maior diversidade de vertebrados no mundo;
- Doze dos países com maior diversidade de aves;
- Doze dos países no mundo com maior variedade de anfíbios;
- Cinco dos doze países no mundo com maior variedade vegetal;
- Sete dos países no mundo com mais de 70% de seu território ainda coberto por vegetação natural.

CONCENTRAÇão de renda

A América Latina é famosa pela extrema concentração de riqueza e poder, e pela falta de responsabilidade das elites privilegiadas em relação ao bem-estar de seus países.

Geopolítica da Nova Ásia Central

O conceito de Ásia Central é algo recente na divisão regional que normalmente se faz do continente asiático. Até 1991, quando se dividia o continente asiático em regiões era muito comum identificarem-se o Oriente Médio, o subcontinente indiano, o Sudeste Asiático, o Extremo Oriente, mas não a Ásia Central. Esta porção do continente era parte integrante da hoje extinta União Soviética.

Embora nem todos os autores concordem quanto aos países componentes dessa unidade regional, de maneira geral, desde o fim da União Soviética em 1991, a região passou a ser identificada como aquela que reúne as repúblicas independentes do Casaquistão, Turcomenistão, Usbequistão, Tajiquistão e Quirguistão.

A Ásia Central atual abrange uma área com quase 4 milhões de quilômetros quadrados, pouco menos da metade do território brasileiro, e uma população de mais ou menos 60 milhões de pessoas (mais ou menos um terço do efetivo populacional do Brasil).

Várias características ajudam a definir a individualidade da região. Uma delas é que todos os países que a compõem são Estados interiores, isto e, não possuem acesso a oceanos ou mares abertos. Se juntarmos a estas cinco repúblicas o Afeganistão e a Mongólia, estaremos diante da maior área com países interiorizados do planeta. Esta macrozona, a mais distante de mares abertos, está pelo menos a 2.000 km. do mar Negro, do Golfo Pérsico e do Oceano Índico e cerca de 5.000 km. do Pacifico. O Usbequistão, por exemplo, é considerado um dos países mais “continentalizados” do mundo, porque faz apenas fronteiras com outros Estados que também não possuem acesso litoral.

Uma outra característica importante da região é que ela está situada numa espécie de encruzilhada de povos e civilizações que ao longo do tempo se sobrepuseram, deixando marcas culturais indeléveis nas populações atuais. A uma base turco-iraniana (persa) original, que legou à maioria das populações os fundamentos lingüísticos e religiosos, se sobrepôs, nos últimos dois séculos, a influência eslavo-ortodoxa russa.

Por conta dessa evolução histórica, a região apresenta uma relativa homogeneidade do ponto de vista religioso, já que grande maioria dos habitantes dos países da área professa o islamismo de rito sunita. Por outro lado existe uma grande heterogeneidade do ponto de vista étnico-nacional. Todos os Estados da região possuem inúmeras minorias, sendo que indivíduos de origem russa estão presentes, com maior ou menor expressão, nos cinco países da área.

Ao longo especialmente do século XIX, os espaços e as populações da Ásia Central foram incorporados pela força das armas ao Império Russo . De 1917 (revolução bolchevique) até 1991, passaram para o domínio direto da União Soviética. Entre as inumeráveis influências deixadas pela era soviética está a da criação, entre 1922 e 1936, dos espaços nacionais hoje existentes, cujas fronteiras arbitrárias e artificiais mantém-se inalteradas até a atualidade. Como têm acontecido em situações similares, à exemplo da África, a artificialidade das fronteiras têm sido objeto de conflitos e tensões geopolíticas.

Uma outra característica dos cinco países da Ásia Central foi a forma peculiar como eles se tornaram independentes. Todos se tornaram Estados soberanos em 1991, como resultado da desintegração da antiga União Soviética.

Por fim, um outro fato que individualiza os países da região é que seus presidentes atuais são homens que fizeram parte da nomenklatura comunista e que espertamente passaram por uma “reciclaram” ideológica após o fim da época soviética. Todos eles lideram regimes que, em maior ou menor grau, são classificados como autoritários.

Paisagens e recursos naturais

A Ásia Central possui uma paisagem dominante de estepes secas e semi-áridas, limitadas a oeste pelo Mar Cáspio; ao sul, pelas altas montanhas do Hindu Kush e dos Montes Pamir. Os montes Tian Shan, são os limites da Ásia Central a leste. Em sua porção setentrional, isto ao norte do Casaquistão, a fronteira natural não fica bem definida já que as estepes desse país se confundem com o domínio da Sibéria russa.

Historicamente, a região foi definida como a “terra entre dois rios”, já que o Amu Daria (o antigo Oxus) e o Sir Daria (Jaxartes) se constituíam em importantes fronteiras naturais. Assim, no passado, o Amu Daria foi a fronteira que separou o império turco e mongol do persa. No século XIX foi fronteira que separou as áreas sob o domínio do Império Britânico, daquelas que estavam dominadas pelo Império Russo. Nessa época, a região esteve envolvida no embate geopolítico entre russos e britânicos, que ficou conhecido como “O Grande Jogo”.

No centro desses amplos domínios estépicos cercados por altas montanhas, estendem-se dois desertos. Ao sul, está o deserto de Kara Kum, que cobre amplas áreas do Turcomenistão. Mais ao norte, no Usbequsitão está o de Kizul Kum. No interior dessas áreas desérticas são encontrados vales fluviais (o de Fergana, por exemplo) e oásis onde se desenvolveram algumas das principais e mais antigas cidades da Ásia Central como Samarcanda e Bukara.

Até o século XIX, os recursos naturais da região haviam sido pouco explorados. A partir de então russos e posteriormente os soviéticos transformaram drasticamente as paisagens naturais, especialmente no que diz respeito à construção de vastas redes de irrigação que, de um lado, promoveram o desenvolvimento agrícola (especialmente o plantio do algodão), mas de outro geraram gravíssimos impactos ambientais, sendo o mais dramático aquele que vem ocorrendo no Mar de Aral, que nos últimos 40 anos perdeu cerca de 2/3 de sua superfície líquida.

Nos últimos 15 anos, a descoberta de novas e promissoras reservas de hidrocarbonetos (gás natural e petróleo) vem aguçando os interesses de países e grandes multinacionais não só por sua exploração, mas também pelo seu escoamento para mares abertos. Esse é o “Grande Jogo” da atualidade.


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